Setor imobiliário

Preço de aluguéis residenciais sobe 0,66% em dezembro, aponta novo indicador da FGV

Entretanto, no acumulado em doze meses, índice acumula queda de 0,61%

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Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), lançado nesta terça-feira (11), subiu 0,66% em dezembro de 2021.

Houve desaceleração com relação à taxa registrada no mês passado, de 0,79%. Com este resultado, o índice acumula variação negativa de 0,61% em doze meses, o que representa também uma desaceleração na comparação com a taxa interanual apurada em novembro, de +0,70%.

Os dados são do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

“O setor imobiliário foi profundamente afetado pelos efeitos da pandemia sobre o mercado de trabalho. O desemprego elevado sustentou negociações entre inquilinos e proprietários que resultaram, em sua maioria, em queda ou manutenção dos valores dos aluguéis, contribuindo para o recuo da taxa anual do índice”, avalia Paulo Picchetti, pesquisador do FGV IBRE e responsável pela metodologia do Ivar.

Entre novembro e dezembro, a taxa de variação mensal do indicador desacelerou em duas das cidades de maior peso, São Paulo (de 0,78% para 0,48%) e Rio de Janeiro (de 1,46% para 1,03%).

Enquanto em Belo Horizonte (de 1,00% para 1,17%) e Porto Alegre (de 0,27% para 0,43%), houve alta das taxas de variação.

Na tendência da variação acumulada em doze meses, todas as cidades componentes do IVAR apresentaram desaceleração, mas apenas São Paulo retrocedeu mais que o índice médio, com queda de 1,83% em dezembro.

Em Porto Alegre, a taxa acumulou queda de 0,35%.

A maior variação interanual ficou com Belo Horizonte, com alta de 1,46%, seguida por Rio de Janeiro, com elevação de 0,46%.

“Ainda que a inflação, medida pelos principais índices de preços do país, esteja em aceleração, a variação interanual dos aluguéis residenciais segue em desaceleração. A alta da inflação vem reduzindo a renda familiar, que segue pressionada pela apatia da atividade econômica e pelo alto índice de desemprego. Com a renda familiar em baixa, os valores dos aluguéis tendem a acompanhar tal tendência, refletindo o avanço das negociações entre inquilinos e proprietários” avalia André Braz, coordenador dos índices de preços do FGV Ibre.

A partir de janeiro de 2022, as informações sobre valores de aluguéis usadas no cálculo do IVAR serão incorporadas ao subitem Aluguel Residencial das diferentes versões do IPC/FGV. O FGV Ibre divulga em breve uma nota sobre os aspectos metodológicos relacionados a esta mudança.

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