Ibovespa

Quase um milhão! Pessoas físicas já são 983 mil na bolsa; conheça 8 erros que o investidor novato comete

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O número de cadastros de pessoas físicas na bolsa B3 fechou março em 982.721, o maior da história, representando um crescimento de 20% em três meses, ou 169.420 investidores. No fim de dezembro, havia 813.291 pessoas físicas cadastradas. O crescimento é ainda mais expressivo se comparado com fevereiro do ano passado, quando havia 655 mil investidores, e chega a 49,9%, ou 328 mil novos cadastros.

Desse total, 769.042 são homens e 213.679 são mulheres. O maior crescimento neste ano ocorreu com os homens, com mais 21,31%. Já o número de mulheres cresceu menos, 19% no ano.

Com empresas, total chega a 1 milhão de cadastros

Somando as empresas, com 24.692 cadastros, o total de investidores na bolsa soma 1.007.413. O aumento dos cadastros acompanha a boa performance do mercado acionário nos últimos anos, o que vem atraindo cada vez mais investidores. A queda dos juros também ajuda a levar mais investidores para a renda variável. E há o incentivo das corretoras independentes, que acabam sugerindo ao investidor diversificar suas aplicações.

Os erros mais comuns dos novatos na bolsa

Muitos desses investidores, porém, não estão acostumados com as flutuações do mercado, que chegou a 100 mil pontos há três semanas e agora está nos 92 mil pontos novamente. Alguns simplesmente se desesperam e vendem tudo, outros ficam tentando acertar qual a próxima bola da vez e outros simplesmente não fazem nada e ficam apenas olhando. Fabrizio Gueratto, consultor do Canal 1Bilhão Educação Financeira, fez uma lista dos 8 principais erros do investidor novato em ações.

1 – Investidor sabe tudo: O ser humano gosta de ter a sensação de que sozinho ele consegue resolver tudo. No mercado financeiro não é diferente. Muitas pessoas que acabam de ingressar na bolsa de valores começam a operar sozinhos. Eles leem três ou quatro matérias em blogs e acreditam que são mais espertos que os demais. Como em um cassino, as vezes até acertam uma ação ou outra, mas a tendência natural é de perdas. Se o Ibovespa começa a ir bem é pior ainda para este tipo de investidor. Porque neste caso ele tem certeza de que realmente ele é muito bom e não de que o mercado todo está ganhando;

2 – Investidor emoção: Este tipo de investidor não usa a racionalidade para investir. Ele deixa a emoção tomar conta. Quando a bolsa está com uma boa expectativa ele compra. Mas, na primeira notícia negativa, ele vende e fica sempre patinando. Às vezes, para investidores pequenos, o próprio custo da corretagem que algumas corretoras cobram acaba prejudicando a rentabilidade dependendo do número de operações que são realizadas. Segundo uma pesquisa encomendada pela CVM, 90% dos investidores que fazem day-trade, ou seja, compram e vendem ações no mesmo dia, perdem dinheiro;

3 – Investidor preguiçoso: Embora o investimento em ações seja de longo prazo, isso não quer dizer que basta comprar algumas ações, compor uma carteira e largar por anos. Qualquer carteira de investimento, seja de uma pessoa física ou de um fundo de investimentos precisa ser constantemente rebalanceada. Porém, para rebalancear também precisa ter conhecimento, algo que o investidor iniciante não tem;

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4 – Investidor Day-Trade de fundos: O correto para o investidor que está iniciando é investir por meio de um fundo de investimento em ações (FIA) e de preferência para escolher 1 ou mais fundos é ideal contar com ajuda de um especialista, que conhece a estratégia e o gestor de cada um deste produtos e consegue diversificar o risco, mesmo sendo ativos de renda variável. Entretanto, o investidor day-trade, olha simplesmente a rentabilidade passada ou o FIA da moda e coloca todo o dinheiro nele. No segundo mês que a performance é negativa ele não suporta e resgata o dinheiro e muda para outro fundo. As vezes em um único ano ele aplica e resgata em três ou quatro produtos diferentes;

5 – Investidor me engana que eu gosto: O investidor que vive comprando e vendendo ações sempre superestima seus ganhos e minimiza as perdas. Por exemplo, se este investidor tinha R$ 10 mil em ações de Vale e ganhou 5%, mas tinha R$ 100 mil em ações da Petrobras e perdeu 4%, ele contará para todo mundo que ganhou uma bolada em Vale e em “Petro” ele perdeu um pouquinho. Este investidor no final do ano nem se quer sabe fazer as contas da rentabilidade de sua carteira. Foram tantas operações, mais imposto de renda e aportes novos de dinheiro que ele fica completamente perdido. Para este perfil a bolsa de valores é um game;

6 – Investidor sem estratégia: Existe o investidor que não possui qualquer estratégia. Ele sempre quer ter a sensação que sabe algo que ninguém mais sabe. Ele ouve um boato e compra determinada ação. Ele abre um blog e tem uma dica e ele faz a mesma coisa. Até os que tem estratégia, assim que o mercado vira para baixo, como quando o ex-presidente Temer quase caiu, ou a briga entre Bolsonaro e Rodrigo Maia, ele na mesma hora se desespera. Ganhar dinheiro sozinho na bolsa de valores é muito difícil, a não ser que o investidor tenha a sorte de pegar um ciclo por meses ou anos de alta, como já ocorreu no passado;

7 – Investidor Mega-Sena: Este perfil de investidor muitas vezes não tem nem uma reserva de emergência, ou seja, pelo menos seis meses do seu custo de vida em um investimento de renda fixa com liquidez, mas quer ficar rico rápido. Então a única chance é fazer a grande aposta na bolsa de valores ou ativos de alto risco como criptomoedas. Esta pessoa aplicará que opções, que é muito mais arriscado do que ações. Ela tentará acertar uma small cap, que são pequenas empresas que possuem capital aberto, mas quase não tem negociação. Ela acredita que pode transformar R$ 10 mil em R$ 100 mil;

8 – Investidor Cassino:
Este perfil encara investimentos na bolsa de valores como um cassino. Além de tradicionalmente ele querer acertar a empresa que irá ter valorização de 1.000%, como em um jogo, cada vez que ela perder a aposta ela correrá mais risco para tentar recuperar o
que perdeu. Até o momento em que ela perde tudo ou, em alguns casos, como estava alavancado, ou seja, usando um “cheque especial” ainda fica devendo na corretora e acaba perdendo um carro ou imóvel, por exemplo.

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