Tendência

Queda de 73% no número de desbancarizados durante pandemia evidencia disputa por fintechs

Tecnologia e agilidade são pontos chave dessa competição, explica Vanessa Medeiros, head de produtos da BizCapital

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A praticidade e flexibilidade nos serviços que as fintechs oferecem têm se mostrado ótimas aliadas para integrar ao sistema bancário os brasileiros que ainda não fazem parte dele.

De acordo com estudo realizado pela Americas Market Intelligence, em parceria com a Mastercard, a queda de desbancarizados no Brasil foi de 73% durante a pandemia, o que intensifica a disputa entre fintechs por novos consumidores.

Segundo Vanessa Medeiros, head de produtos da BizCapital, fintech que oferece soluções financeiras para pequenas e médias empresas, o número é o reflexo da necessidade por soluções digitais durante o isolamento social.

"Isso fez com que a competitividade do setor financeiro só aumentasse. Acredito que a chave para essa disputa está na tecnologia e na exigência por processos cada vez mais ágeis. Não é à toa que grandes instituições têm investido nas fintechs para fazer parte do movimento de inovação, buscando relações com parcerias e aportes", explica Medeiros.

Fintechs

Antes mesmo da pandemia, de acordo com o Banco Central, havia cerca de 45 milhões de desbancarizados no país, movimentando mais de R$ 800 bilhões por fora dos bancos tradicionais.

Ficar à margem do sistema bancário tradicional é uma opção que se torna progressivamente mais viável para milhares de brasileiros.

No resto do mundo, por exemplo, há países que são referência no desenvolvimento de produtos para desbancarizados e, aos poucos, o Brasil traça esse mesmo caminho.

Serviços

Atualmente, os serviços de pagamentos instantâneos são a grande tendência para o público de desbancarizados. Segundo dados do Banco Mundial, dos 1,7 bilhão de pessoas sem banco ao redor do mundo, 1,1 bilhão possui celular. Além disso, uma pesquisa da Idwal aponta que mais de 64% dos usuários brasileiros de smartphones utilizam algum tipo de conta digital.

O Pix é o maior exemplo disso, já que não é necessário ter uma conta em banco para utilizar o serviço. "O que se vê atualmente é um universo financeiro cada vez menos burocrático, que luta contra cobranças de taxas abusivas e promove mais segurança e agilidade para todos", finaliza Vanessa.

Com informações de NR-7 Comunicação.

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