Investir na China ainda parece um pouco difícil para o brasileiro, mas existem possibilidades 一 e elas podem ser bem interessantes.
Uma pequena amostra do potencial do mercado chinês é a recuperação do Shangai Composite, principal índice acionário do país: do fundo do poço em meio à pandemia, em março, ele já subiu 24%, superando os níveis pré-tombos.
"É um país continental, com empresas investindo e governo incentivando o mercado de capitais", afirma Rodrigo Moliterno, sócio da Veedha Investimentos. "É recomendado olhar para a Ásia como forma de diversificação".
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No Brasil, o investidor pode se expor a ativos chineses por meio fundos de investimentos, como o recém-lançado Trend Bolsa Chinesa, da XP Investimentos, que cobre empresas como Baidu e Alibaba. O ticket mínimo é de R$ 500 e a taxa de administração é de 0,5%.
"Também há a possibilidade de investir via COE, o Certificado de Operações estruturadas", lembra Moliterno. Como país emergente, os títulos do governo chinês apresentam rentabilidade interessante.
Outra opção, um pouco mais sofisticada, é abrir conta em uma corretora norte-americana e comprar ADRs (American Depositary Receipts, ou recibos de depósito americanos, em tradução livre) de empresas chinesas negociadas nos EUA. Há também ETFs de fundos chineses.
Quem pode investir na China?
"Todos podem deixar parte da carteira no exterior, o que varia é o tamanho da fatia", diz Rodrigo Moliterno. "Para o conservador, 5%, no máximo, pode ser uma boa parte". A liquidez também deve ser levada em consideração, já que a tomada de decisões em relação a alocações no exterior geralmente leva mais tempo.
O especialista também alerta que o acompanhamento dos investimentos lá fora é mais distante. Por isso, escolher um gestor de confiança é essencial. "E, em todos os casos, levantar o máximo de informações possível sobre o tipo de investimento", recomenda.