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Rating: conheça o sistema e como ele pode guiar seus investimentos

Indicador mensura riscos e ajuda a diversificar a carteira de investidores

- Orçamento, contas, despesas, cálculo
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O risco é uma das variáveis mais importantes na hora de escolher um investimento, pois por mais arrojado que seja o investidor, ninguém gosta de perder dinheiro.

Por outro lado, assumir posições mais arriscadas também pode trazer oportunidades para se obter mais rentabilidade. Por isso, a diversificação da carteira de investimentos é uma das mais importantes lições de qualquer cartilha de educação financeira.

Para quem investe em títulos, sejam eles governamentais, bancários ou de dívidas de empresas, o maior risco é a inadimplência, o famoso “calote”.  

O rating é uma das formas que o mercado financeiro utiliza para mensurar o risco de você perder seu dinheiro por incapacidade de o devedor honrar com o compromisso assumido.

Confira nessa spacedica como funciona esse sistema e como ele pode te ajudar a diversificar a carteira.

Do AAA ao D: como funciona o rating 
O Tesouro Direto é considerado um dos investimentos mais seguros, uma vez que você se torna um credor do Brasil. E, assim como a maioria dos países, a probabilidade de o governo brasileiro não honrar suas dívidas é muito pequena. Porém, em relação à Alemanha, que tem uma das economias mais fortes do mundo, os títulos brasileiros podem ser considerados “arriscados”.  

O rating foi criado para sistematizar o risco em uma escala. Países e empresas que emitem títulos são analisadas por diversos ângulos pelas agências independentes de classificação de risco, como endividamento, qualidade de gestão, histórico de crédito e condições macroeconômicas da região, entre outros detalhes. 

O resultado dessa conta é transformado em uma “nota”, que vai do “D” – mais baixa – até o AAA, nível mais alto de segurança de pagamento.

Segundo a Standard & Poor’s, uma das maiores agências independentes de classificação de risco no mundo, o Brasil tem rating “BB-”, o que significa que tem uma economia estável e baixa probabilidade de inadimplência. A Alemanha, porém, tem rating “AAA” ou “Triple A”. Ou seja: ao adquirir um título da dívida alemã, a chance de você não ver mais a cor do seu dinheiro é quase zero. 

Já a Argentina, que há alguns anos sofre com crises econômicas e políticas, tem rating CCC, isto é, seus papéis têm mais risco de calote que os brasileiros. 

Tendo em vista esse cenário, pode parecer simples investir apenas em papéis AAA, certo? Por que alguém escolheria aceitar mais riscos?  A resposta é: mais rentabilidade.

Maior o risco, melhor a recompensa
Como o governo alemão está no nível “grau de investimento” das agências de risco, isto é, todo mundo sabe que os seus papéis são considerados excepcionalmente seguros, eles não precisam de argumentos fortes para encontrar compradores. Por isso, oferecem rentabilidade menor para quem decidir investir.

Já o Brasil, que é classificado como “grau especulativo”, precisa deixar seus papéis mais atrativos, aumentando os juros que ele pagará ao investidor que comprar os seus títulos.

Por isso é importante verificar o rating na hora de investir em ativos de renda fixa, como títulos do tesouro direto, CDB, debêntures, LCAs ou LCIs. 

Conhecendo o sistema de rating é possível criar uma carteira ainda mais diversificada e mitigar os riscos de ver o seu patrimônio perder valor.

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