Nesta terça-feira (19), o Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização (CDPED) publicou no Diário Oficial de São Paulo o encaminhamento da deliberação sobre a privatização da Sabesp (SBSP3). Na ocasião, foi recomendado que o encaminhamento fosse feito pela Secretaria de Parcerias em Investimentos e pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística.
“Depois de colhidas as contribuições e dirimidas as dúvidas dos Senhores Conselheiros, o Colegiado, por unanimidade, deliberou por recomendar: (i) à SPI e à SEMIL, que tomem as providências cabíveis quanto ao encaminhamento do anteprojeto da lei de desestatização ao Gabinete do Sr Governador; e (ii) à Sabesp, nos termos do art. 5º, II c/c art. 7º, §2º e §4º da Lei nº 9.361/96, que inicie o procedimento de seleção com vistas à subsequente contratação dos bancos coordenadores e demais serviços necessários à futura oferta pública”, disse a publicação.
O modelo de privatização da empresa deve seguir os de Eletrobras (ELET3) e Copel (CPLE6), conforme destaca o InfoMoney. A diferença entre as abordagens está no fato de que a Sabesp pode receber um acionista de referência relevante.
A agência Reuters também levantou que a desestatização da Sabesp teria dado um avanço após a aderência da cidade de São Paulo em meados de agosto. Isso se daria devido à regionalização dos serviços de água e esgoto no marco regulatório do saneamento.
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O documento teria sido assinado por Ricardo Nunes, prefeito da capital, em 16 de agosto, em um evento sem divulgação. O termo marcou a adesão da cidade de São Paulo à chamada Urae 1, uma das quatro Unidades Regionais de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário criadas pelo ex-governador João Doria, conforme levantado pelo portal de notícias UOL.
Por volta de 16h51 desta terça-feira (19), as ações da Sabesp apresentavam alta de 0,37%, valendo R$ 60,80.
Análise
Os analistas do Itaú BBA, consideraram que a deliberação “é mais um passo oportuno em direção à privatização e redução de ‘eventos de riscos'”, conforme publicado em relatório nesta terça-feira (19). A recomendação do banco foi de compra, com preço-alvo para o final do ano de 2024 de R$ 83,63 por ação.
