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Santander opera com ganhos; lucro do banco caiu 41% no 2T20

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Por Gabriel Codas, da Investing.com – As ações do Santander Brasil (SA:SANB11) operam com importante valorização nesta quarta-feira, entre as cinco maiores altas do Ibovespa hoje. O banco reportou hoje, antes da abertura do mercado, queda de mais de 40% no lucro do segundo trimestre, após provisionar R$ 3,2 bilhões para potenciais perdas com empréstimos por causa da crise desencadeada pelo coronavírus, seguindo medidas já tomadas pelos concorrentes no primeiro trimestre.

O lucro líquido recorrente somou R$ 2,136 bilhões no segundo trimestre, queda de 41,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Assim, ficou praticamente em linha com a média das expectativas compiladas pela Refinitv, de R$ 2,213 bilhões.

Por volta das 13h00, os papéis tinham ganhos de 3,18% a R$ 30,86. O Ibovespa subia 0,97% a 105.123 pontos.

O total de provisões para perdas com operações de crédito mais que dobrou em relação ao mesmo período do ano anterior, para 6,534 bilhões de reais. Ao contrário de seus rivais, o Santander Brasil ainda não havia feito um colchão para o aumento esperado na inadimplência.

Visão dos analistas

Para o UBS, o lucro do Santander Brasil foi praticamente em linha com as expectativas (R $ 2,2 bilhões); com ROAE de 11,6% (vs. 21,7% no 1T20). O Santander Brasil registrou R$ 3,2 bilhões em provisões extraordinárias, que a equipe não ajustou a partir do lucro do banco (excluindo esse efeito, o lucro seria de R$ 3,9 bilhões).

Devido ao nível de empréstimos diferidos (13% da carteira de crédito do banco), o índice de inadimplência apresentou forte contração. Embora acreditem que o tom da teleconferência será mais importante que os resultados do 2T20, esperam uma reação neutra do mercado aos resultados do banco no 2T20.

Balanço

Em comunicado, o banco disse que decidiu reservar alguns bilhões de reais após realizar um teste de estresse.

Ainda assim, seu índice de inadimplência em 90 dias caiu de 3% para 2,4%, no primeiro trimestre. O Santander concedeu a seus clientes um período de carência de 90 dias para ajudá-los a enfrentar a crise do coronavírus. Ou seja, a inadimplência de empréstimos não reflete totalmente potenciais perdas relacionadas à crise do coronavírus.

O retorno sobre o patrimônio do banco, um indicador de rentabilidade, ficou em 12%. Em outras palavras, teve queda de mais de 10 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior.

Uma vez que os pagamentos com cartão caíram em meio às medidas de isolamento, a receita com tarifas mais baixa pressionou o lucro líquido. Além disso, houve uma queda em serviços de conta corrente. Dessa forma, esses fatores superaram os esforços do banco para cortar custos.

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