O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, operou em queda durante o pregão desta quarta-feira (01), seguindo o movimento das bolsas internacionais. Ao fim do pregão, as perdas foram de de 2,81%, aos 70.966,70 pontos.
O dólar comercial fechou em alta, registrando valorização de 1,29% ante o Real e cotado a R$ 5,261 no fim do dia.
Ontem, o Ibovespa fechou no negativo e, na última segunda-feira, teve ganhos. Na semana passada, o índice teve pregões seguidos de alta, sentindo os estímulos dos pacotes econômicos ao redor do mundo, mas, na sexta-feira, o índice teve perdas.
Veja os principais fatores que influenciaram o mercado financeiro na sessão de hoje:
Mercados internacionais
No Japão, o Nikkei teve recuo de mais de 4%. A Bolsa de Xangai encerrou o pregão com leve baixa de 0,57%.
Em Nova York, Dow Jones recuou 4,44%, enquanto S&P 500 e Nasdaq perderam ambas 4,41%.
Na Europa, também perdas acentuadas: DAX fechou o pregão com queda de 3,94%, FTSE, de 3,83%, e CAC 40 cedeu 4,30%.
Coronavírus
A pandemia do novo coronavírus continua a avançar. No Brasil, o número de casos passa de 4800, com 203 mortes registradas. No mundo, são mais de 870 mil ocorrências, com mais de 43 mil óbitos.
Nos Estados Unidos, novo epicentro da doença, são previstas mais de 200 mil mortes, segundo o presidente Donald Trump. Com o salto de casos em Nova York, o líder afirmou que as próximas semana serão dolorosas.
No Brasil
Em pronunciamento na TV na noite de ontem, o presidente Jair Bolsonaro moderou o tom ao falar sobre a pandemia de coronavírus, ao desviar o foco das críticas à quarentena para a preocupação com as dificuldades dos mais vulneráveis nesse período.
Neste âmbito, espera a sanção presidencial o projeto aprovado no Congresso que determina a distribuição mensal de R$ 600 para trabalhadores informais.
Produção industrial
Ainda no cenário interno, a produção industrial do Brasil cresceu 0,5% de janeiro para fevereiro, segundo números do IBGE divulgados nesta quarta-feira. Os dados se referem a um período em que a economia ainda não tinha sido tão afetada pela crise do coronavírus.
Enquanto o Índice de Gerentes de Compra da China mostrou retomada em março, o indicador da zona do euro para o mesmo período decepcionou: de 49,2 em fevereiro, foi para 44.8 no mês passado. O resultado indica as dificuldades do setor manufatureiro, parado com o pandemia de coronavírus.