Orçamento doméstico

Segundo pesquisa, 46% das pessoas inadimplentes não têm planejamento financeiro

Estudo realizado pela fintech Meu Acerto, mostrou que 56% dos entrevistados que estão com dívidas recebem até dois salários mínimos

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Quase metade dos consumidores inadimplentes (46%) não se planejam para o futuro, olhando apenas para como vai ser o próximo mês. Isso foi o que mostrou um estudo realizado pela Meu Acerto, plataforma de negociação digital de dívidas, a partir de uma entrevista com quase 3 mil consumidores que já negociaram dívidas por meio do portal da empresa.

De acordo com a última edição da Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), divulgada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), o nível de endividamento médio, em 2021, foi o maior em 11 anos – com média de 70,9% das famílias brasileiras endividadas.

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Mas afinal, qual é o perfil do endividado e o que o leva a esta situação?

A partir da pesquisa realizada pela Meu Acerto, a fintech de negociação digital financeira pôde extrair algumas respostas.

A renda declarada da maior parte dos inadimplentes, por exemplo, fica entre R$ 1.000 e R$ 3.000 (próximo de 2 salários mínimos no total) e indica que 56% dos entrevistados são das classes D e E com faixa etária entre 21 e 40 anos e maior significativa nos 30 anos de idade.

A grande maioria deste público, que é dividido entre 62% de homens e 38% de mulheres, estudou até o ensino médio (38%) e 35% possui formação superior. Além disso, 51% estão solteiros, mas quando o assunto é família, 48% declaram que não possuem filhos.

O trabalho formal (com carteira assinada) é o mais expressivo dentro dos entrevistados, chegando a 46%. Mesmo com a crise de Covid, a porcentagem de desempregados e profissionais informais ainda é pequena entre os consumidores endividados entrevistados, comparado com as camadas mais pobres da sociedade brasileira.

Sobre os serviços financeiros mais utilizados, o cartão de crédito foi apontado por 90,1% dos entrevistados, seguido pela poupança, produto financeiro mais utilizado por 32,8% do público.

Entretanto, os investimentos e os seguros têm ganhado espaço como opções mais confiáveis e estáveis, do que os produtos tradicionais na visão dos endividados.

Educação financeira como aliada

Quando questionados sobre saúde financeira, apenas 7% dos entrevistados afirmaram possuir bem estar e 42,1% não utilizam nenhuma ferramenta de organização.

“A falta de educação financeira e as demais razões que levam os consumidores para uma condição de endividamento ou de inadimplência, podem se tornar ainda mais graves, diante de um cenário econômico desfavorável. Com diferentes situações e comportamentos envolvidos, diversos estudos ainda deverão ser feitos para entender os pontos chaves para a conquista do equilíbrio na saúde financeira” comenta Pedro Lima, economista e co-CEO da fintech.

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