Novos rumos

Seis tendências ESG para ficar de olho em 2021, segundo a XP

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Questões sociais e ambientais têm ganhado, ao longo dos últimos anos, os holofotes no mercado financeiro. As empresas e os investidores estão se adaptando e, cada vez mais, implementando a agenda ESG, sigla em inglês para aspectos ambientais, sociais e de governança (ASG, em português). 

A analista da XP Investimentos Marcella Ungaretti listou seis tendências de investimentos ESG que devem ser monitoradas neste ano de 2021. Confira, abaixo, os pontos destacados pela especialista.

1 – Os fatores sociais devem ganhar mais atenção

Segundo Marcella, as questões sociais ganharão mais atenção em 2021. A analista pontua que os investidores já começam a demandar boas práticas na frente social das empresas brasileiras. Diversidade e inclusão, operações da cadeia de suprimentos e relações de trabalho são alguns dos temas presentes nas companhias.

2 – Mudanças climáticas

A pandemia do novo coronavírus acendeu um alerta mundial e acelerou a busca pela sustentabilidade ambiental em diversos setores globais. Reflexo disso é que governos de diversos lugares do mundo colocaram a “energia limpa” como centro dos programas de recuperação pós-pandemia.

Como consequência disso, a especialista vê que o desempenho ambiental das diferentes companhias será observado ainda mais de perto pelos investidores. 

Outro ponto que merece atenção é a vitória do democrata norte-americano Joe Biden à presidência dos EUA. É esperado que isso impulsione a agenda ESG, tanto nos EUA quanto no Brasil.

3 – Economia circular e novas oportunidades de investimentos

O foco na economia circular, aquela que faz parte do desenvolvimento sustentável, deve acelerar em 2021, conforme a analista da XP. Dessa maneira, novas oportunidades de investimentos poderão ser criadas. 

De acordo com Marcella, uma transição para a economia circular obrigará as empresas a repensar o uso de matérias primas e demais insumos para eliminar o desperdício e ter uma visão mais contínua e cíclica de produção. 

Na visão da XP, as empresas que se adaptarem mais rapidamente a essa transição terão melhores desempenhos.

4 – Gestoras deverão incorporar os fatores ESG

A especialista diz que a crescente demanda por investimentos responsáveis exigirá que cada vez mais gestoras incorporem a agenda ESG em seus processos de seleção de ativos.

E isso pôde ser comprovado pela rodada de reuniões virtuais realizada pela XP em setembro com as principais gestoras de recursos do Brasil, que permitiu à corretora concluir que um número significativo delas está se articulando para incorporar os critérios ESG em sua abordagem de investimento.

Segundo a XP, há diferentes estratégias para a integração dos fatores ESG nos investimentos: desde filtro de exclusão à integração ESG a investimentos temáticos ou de impacto.

5 – Engajamento corporativo é oportunidade

Marcella destaca que, no Brasil, o pilar de governança já é historicamente levado em consideração por parte dos investidores.

Ela explica que é por meio deste segmento que os investidores são mais capazes de envolver e influenciar a gestão da empresa na entrega de resultados nas frentes sociais e ambientais. Assim, a XP vê o engajamento corporativo sendo cada vez mais uma parte importante do processo de investimento, além de destacar o efeito disso no direcionamento da adoção de melhores práticas ESG pelas empresas.  

6 – A necessidade da padronização das divulgações e métricas ESG

A analista da XP pondera que, apesar de a disponibilidade de dados ESG ter aumentado, a qualidade continua sendo um desafio. Para ela, a padronização da divulgação é claramente necessária.
 

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