Investimentos

Selic a 12,75%: como ficam os rendimentos reais da renda fixa?

Projeções realizadas pelo Yubb apontam atual rentabilidade de investimentos; poupança chega a rendimento real negativo

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Com a taxa Selic elevada a 9,75%, conforme decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) nesta quarta-feira (4), a renda fixa ganha ainda mais destaque. Mas para saber o impacto real da alta nos papéis de renda fixa, o Yubb, buscador de investimentos, realizou um levantamento com projeções dos principais ativos.

Como destaque, as poupanças nova e antiga seguem com rendimentos negativos e as debêntures incentivadas têm a melhor rentabilidade.

Confira o levantamento completo:

 

Rendimento Bruto

Rendimento Líquido

Rendimento Real

** Poupança nova* 

6,17%

6,17%

-1,59%

Poupança antiga*

6,17%

6,17%

-1,59%

Tesouro Selic

12,65%

10,12%

2,07%

CDB banco médio

14,55%

11,64%

3,47%

CDB banco grande

9,49%

7,59%

-0,28%

LC

15,18%

12,14%

3,94%

LCA*

12,40%

12,40%

4,18%

LCI*

12,78%

12,78%

4,53%

RDB

14,67%

11,74%

3,57%

Debênture Incentivada*

14,42%

14,42%

6,05%

* Investimentos isentos de imposto de renda

** Em 2012, o Banco Central redefiniu a remuneração da poupança para novos investidores.

O Yubb levou em conta a inflação para 2022 baseada no Relatório Focus de 2 de maio de 2022 (7,89%). As rentabilidades dos títulos de renda fixa privada são uma média do que é ofertado pelo mercado e para as projeções de rendimento líquido foi utilizada a alíquota de 20,00% de imposto de renda, referente a prazos de vencimento entre 181 e 360 dias.

Análise

Bernardo Pascowitch, fundador do Yubb, explica que o novo aumento da Selic acompanha o posicionamento econômico global. A inflação internacional está fazendo com que os bancos centrais optem pela elevação das taxas básicas de juros para tentar esfriar o consumo interno e conter a alta dos preços de bens e serviços.

"Aqui no Brasil, essas sucessivas altas da Selic estão ocorrendo há mais de um ano. Elas atraem dinheiro para os títulos de renda fixa, mas desvalorizam os ativos de risco, como ações, fundos imobiliários e criptomoedas", diz.

Segundo ele, um cenário desafiador. Para os investidores, o caminho é a diversificação: aproveitar a alta rentabilidade que a renda fixa deve apresentar no curto prazo, mas sem se esquecer da renda variável, que tende a remunerar no longo prazo".

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