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Selic mantida a 13,75% pela 3ª vez consecutiva dificulta crédito a PMEs, diz especialista

Para Jonatas Giovinazzo, CFO da Finnet, o mercado financeiro já precificou a flexibilização das regras de responsabilidade fiscal, e, consequentemente, um alto risco às empresas PMEs

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O Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central (BC), decidiu manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano, após a sua última reunião de 2022 realizada no dia 7 de dezembro.

O CFO da Finnet e financista, Jonatas Giovinazzo, avalia que, com taxas médias de empréstimos para capital de giro de curto prazo (menor ou igual a 12 meses) em torno de 40-50% ao ano, e ainda com exigências de garantias, o mercado financeiro prevê um alto risco nas empresas PMEs.

Para o executivo, este nível elevado e contínuo prejudica a obtenção de crédito para pequenas e médias empresas (PMEs). 

“Muitas empresas recorrem à empréstimos para o giro mensal de sua operação. Com a taxa Selic elevada, somada ao cenário externo desafiador, bancos e instituições financeiras estão mais seletivos na concessão de empréstimos e negócios pequenos e médios tendem a ter mais dificuldade na obtenção de crédito. Quando conseguem, encontram taxas de juros inviáveis” observa o financista.

Giovinazzo enxerga que o mercado precificou a flexibilização das regras de responsabilidade fiscal que devem ocorrer em 2023. Ele afirma que linhas de crédito com juros altos levam a um aumento demasiado dos custos financeiros para as empresas, com consequente redução da lucratividade, uma vez que se há pouco espaço para repasse ao consumidor/cliente final.

A solução para os pequenos e médios empresários, segundo o financista, é “direcionar o planejamento para construção de negócios com indicadores financeiros consistentes, buscando equilibrar os investimentos com rentabilidade e geração de caixa, objetivando uma menor dependência de capital de terceiros no curto prazo”.

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