A semana terá dados importantes de atividade econômica que podem confirmar a tendência de desaceleração deste início de ano. Saem também indicadores importantes de inflação, incluindo o IPCA, usado pelo Banco Central (BC) como referencial para suas metas. Mas as atenções devem se concentrar mesmo para a reforma da Previdência e para a entrega do parecer do relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Será possível saber se ele já definirá as mudanças no texto defendidas por boa parte dos parlamentares ou deixar as alterações para a comissão especial que vai analisar a proposta.
O deputado Marcelo Freitas (PSL-MG) vai apresentar seu relatório sobre a constitucionalidade da proposta de emenda à Constituição (PEC 6/19) nesta terça-feira, dia 9. Segundo ele, o relatório está quase pronto e terá entre 20 e 25 páginas. A votação do texto deverá ocorrer na semana que vem, no dia 17 e, em seguida, o texto vai para comissão especial.
Na economia, a semana começa com o Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI) de março, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que trará dados importantes sobre os preços no atacado. No mesmo dia, sai o relatório Focus, com as projeções do mercado pesquisadas pelo Banco Central toda semana.
Na terça-feira, o IBGE divulga a Pesquisa Mensal do Comércio relativa a fevereiro. A expectativa do mercado é de crescimento de 0,4% sobre o mês anterior e de 3,6% sobre o mesmo mês do ano passado, no chamado varejo restrito. No varejo ampliado, que inclui as vendas de veículos e materiais de construção, a estimativa é de crescimento de 0,3% no mês e de 7,9% em 12 meses. A FGV divulga ainda seus Indicadores do Mercado de Trabalho de março.
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Na quarta-feira, o IBGE divulga o dado mais esperado da semana, o IPCA de março. O indicador oficial de inflação deve mostrar aceleração, passando de 0,43% em fevereiro para 0,63% no mês passado, de acordo com as projeções do mercado. A LCA Consultores espera alta de 0,60%. Em 12 meses, o índice acumularia, nas estimativas do mercado, 4,44%, acima da meta do BC, de 4,25% para o ano. A LCA estima 4,42%.
Também na quarta, a FGV divulga a primeira prévia do IGP-M de abril, que pode registrar alta de 0,73%, segundo a LCA, ligeiramente acima da alta de 0,71% de março.
Ainda na quinta-feira, nos Estados Unidos, será divulgada a ata da reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, banco central americano). No mesmo dia, sai o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA e os estoques de petróleo americanos.
Também na quinta, o Banco Central Europeu (BCE) faz sua reunião para definir a taxa de juros e pode soltar novas projeções sobre o desaquecimento da economia da região e os efeitos do Brexit, avaliando os impactos negativos da saída do Reino Unido da União Europeia.
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Na China, serão divulgadas as inflações ao consumidor e ao produtor.
Na quinta-feira, não saem números muito importantes no Brasil, apenas o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de março do IBGE e o Relatório Prisma Fiscal do Tesouro, com pesquisa sobre as perspectivas das contas públicas feita junto ao mercado. No exterior, sai o índice de preços ao consumidor da Alemanha e o índice de preços ao produtor nos EUA de março.
Já na sexta-feira, o IBGE divulga a Pesquisa Mensal de Serviços de março, encerrando os dados de atividade do mês. A expectativa da LCA Consultores é de queda de 0,7% no mês e alta de 3,4% em 12 meses.
Já no exterior, sai a Produção Industrial da zona do euro de fevereiro, que pode voltar a preocupar os mercados com relação a um desaquecimento da economia mundial. Nos EUA, sai o Índice de Preços de Importados de março e o Índice de Confiança de Michigan.
Sem data fixa, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulga o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor de janeiro. Já na China, saem dados de crédito agregado de março e a balança comercial do mês passado.
Em relação a Europa, a próxima semana terá reunião do Banco Central Europeu e divulgação do resultado da indústria de fevereiro.
Nos Estados Unidos, serão divulgados os indicados de inflação de marco e a Ata da mais recente reunião do FOMC.
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