Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – Considerando a demanda aquecida de papel e celulose no primeiro semestre, o Banco Inter (SA:BIDI11) avalia que o mercado se manterá estável no curto prazo, mas a pressão do aumento das commodities nos custos ainda deve afetar os resultados.
Já no longo prazo, o banco espera que os fundamentos se mantenham positivos, apesar da possível desaceleração da economia chinesa.
As expectativas positivas se baseiam na curva ascendente da demanda de papel tissue, especialmente na Ásia, e a substituição crescente de embalagens de plástico por de papel, especialmente no segmento de alimentos, bebidas e e-commerce, onde o papel oferece maior mobilidade.
Além disso, o consumo de fibra virgem tende a crescer na Ásia, com o banimento de importações de papel reciclado.
A sustentabilidade também deve impulsionar a demanda no mercado de fraldas infantis e geriátricas e de higiene feminina.
Ainda assim, o Inter alerta para a possibilidade de menor crescimento na economia chinesa e para as pressões inflacionárias nos custos das empresas causadas pela alta nos preços das commodities, além das crise no transporte marítimo internacional.
Outra questão a ser levada em consideração é a relação entre a celulose e a variação do dólar, o que deve trazer volatilidade para o preço da commodity, e percepção de risco no país elevada que aumenta a taxa de desconto.
Levando em consideração esse cenário, o Banco Inter definiu o preço-alvo da Klabin (SA:KLBN11) em R$ 38 para 2022, ante R$ 40 em 2021, mantendo a recomendação de compra.
Para a Suzano (SA:SUZB3), o Banco Inter definiu para 2022 o preço-alvo de R$ 75, ante R$ 80 para 2021, mantendo a recomendação de compra.
Já para a Irani (SA:RANI3), o preço-alvo é R$ 10, com recomendação de compra.
Às 12h03, as ações da Klabin recuavam 1,34%, a R$ 23,54, as da Suzano caíam 0,79%, a R$ 55,39, e as da Irani se desvalorizavam 1,97%, a R$ 6,48.