Por Gabriel Codas, da Investing.com – Em comunicado ao mercado, a Stone (NASDAQ:STNE) informou que vai realizar uma emissão de BDRs (recibos de ações estrangeiras), o que deve permitir que os acionistas da Linx (SA:LINX3) possam receber, além de dinheiro, BDRS da empresa de meio de pagamentos, caso a aquisição seja concretizada.
Trata-se de mais um ajuste na busca de fechar a combinação de negócios. A Stone destaca que que essa é uma das primeiras emissões de BDRs após as recentes mudanças regulatórias promovidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A autarquia flexibilizou suas regras para permitir que empresas brasileiras que tivessem feito IPOs em bolsas internacionais pudessem lançar BDRs na B3 (SA:B3SA3).
As informações constam de comunicado enviado à SEC (Security Exchange Commission, o órgão regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos). O negócio depende do aval da SEC em relação à emissão de ações Classe A da Stone para os acionistas da Linx.
Entre as condições para finalizar a operação estão a aprovação pelos acionistas da Linx e da Stone e a prévia autorização do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
“Não esperamos que a transação gere preocupações antitruste”, diz a Stone, no comunicado.
Além disso, a Stone precisa de uma autorização para que não seja listada no Novo Mercado e a dispensa para que a empresa realize oferta pública de aquisição (OPA) da totalidade dos papéis da Linx.
A OPA está prevista no estatuto da empresa no caso de um acionista adquirir titularidade de 25% ou mais de suas ações e deve ser realizada em até 60 dias desde a data das aquisições.