Termina nesta seguinda-feira (1) o período de reservas de ações para quem deseja participar do IPO (Oferta Pública Inicial, da sigla em inglês) da Intelbras (INTB3), a maior fabricante nacional de câmeras e equipamentos de segurança eletrônica. As casas de análises Suno Research e Eleven não recomendam, de acordo com relatórios divulgados na última semana, a entrada dos investidores na oferta.
Com preço médio de R$ 17,25 por ação, de acordo com a faixa indicativa, a companhia poderá obter até R$ 751 milhões com a operação. Entre as aplicações para o recurso, a empresa destinará 35% ao crescimento inorgânico, 26% à expansão da capacidade produtiva e 38% a investimentos nas unidades que a compõem.
Para a Suno, a Intelbras possui “rentabilidade bastante atrativa para o mercado brasileiro, crescimento recorrente em suas receitas, margens razoáveis e baixo nível de dívida”. Contudo, a casa de análise ressalta que estes resultados positivos ocorreram apenas nos últimos três anos de uma companhia com quase 45 anos de história.
Este fator, somado à faixa de preço estipulada para as ações, levam a Suno a concluir que não há margem de segurança para participar do IPO. A casa de análise afirma que continuará “acompanhando de fora” para verificar como serão feitas as aquisições e quais resultados elas trarão para a empresa.
A Eleven também se preocupa com futuras aquisições da Intelbras e cita que, apesar de um histórico interessante de M&As (Fusões e Aquisições, da sigla em inglês), “a companhia tem pouca visibilidade de novas oportunidades” para aplicar os recursos obtidos com o IPO.
Além disso, a casa de análise aponta que a companhia “tem alta dependência de insumos importados e elevada exposição ao dólar” e, portanto, considera que a relação risco-retorno da oferta não é atrativa para os investidores.