Por Dhirendra Tripathi, da Investing.com – As ações da Tesla (NASDAQ:TSLA) eram negociadas com alta de 5,88% por volta das 14h22 (horário de Brasília) de segunda-feira, após a empresa costurar uma encomenda de três anos para o fornecimento de produtos de lítio para baterias junto à companhia chinesa Ganfeng (OTC:GNENF).
Por aqui, os BDRs da montadora (TSLA34) subiam 7,64%, cotados a R$ 211,18, às 14:07.
A encomenda junto à Ganfeng assegura o fornecimento de um componente crítico para a maior fabricante de veículos elétricos (VEs) do mundo, num momento em que a oferta é pequena e há uma corrida para se garantir as matérias primas, algumas das quais raras na cadeia dos EVs.
A Ganfeng já é um firme fornecedor de equipamentos de lítio para baterias para produtores de veículos elétricos, inclusive a Tesla.
O volume de vendas e o valor do contrato ainda dependem das ordens de compra da Tesla, disse a Ganfeng na segunda-feira em documentação apresentada à bolsa de valores de Shenzhen.
A Tesla está se concentrando agora no início da produção em duas novas fábricas – uma em Austin, no Texas, e outra nas redondezas de Berlim, até ao final do ano.
Essas unidades são a chave para sustentar o crescimento que vem desafiando os céticos nos últimos 18 meses: a produção cresceu 64% no ano no terceiro trimestre, a 237.823 veículos, enquanto as entregas subiram ainda mais, graças em grande parte à sua fábrica de Xangai.
A receita automotiva saltou 58%, para US$ 12,05 bilhões, enquanto a receita total aumentou 57%, atingindo o recorde de US$ 13,75 bilhões.
As ações da Tesla atingiram a máxima histórica de US$ 1.094,94 na quarta-feira, tornando-se a primeira fabricante automotora a registrar US$ 1 trilhão em valor de mercado.
As ações ganharam impulso na semana passada, graças a uma encomenda em grande escala de 100.000 veículos da Hertz Global (OTC:HTZZ), firma de aluguel de automóveis, que muitos consideraram como um marco na transição dos veículos elétricos para o mainstream.