A Tesla (TSLA34) bateu recorde de receita, mas alertou o mercado sobre problemas na cadeia de suprimentos.
A montadora divulgou seus resultados na quarta-feira (26) e reportou uma receita recorde de US$ 17,7 bilhões, um aumento de 65% a.a., que supera em 6% as expectativas do mercado – US$ 16,6 bilhões.
O lucro por ação foi de US$ 2,54, ante US$ 2,37 projetado pelos analistas, uma surpresa positiva de 7%.
A empresa entregou mais de 936 mil veículos em todo o mundo em 2021, um aumento de 87% a.a. e acima da expansão média anual de 50% projetada ao longo de vários anos.
Em contrapartida, a companhia sinalizou que os problemas na cadeia de suprimentos global, que contribuiu para uma redução nas vendas para a maioria das outras grandes montadoras, também irão atingir a Tesla em 2022.
A margem bruta automotiva da empresa no 4º trimestre, uma importante medida de lucratividade, cresceu para 30,6%, ou 29,2% sem créditos regulatórios, uma ligeira melhora em relação ao trimestre passado.
Os analistas da XP, Jennie Li, Vinícius Araújo e Rafael Nobre dizem que as duas novas fábricas da Tesla no Texas e Berlim podem eventualmente dobrar a capacidade de produção. Entretanto, a empresa não detalhou muito sobre os planos de expansão.
No entanto, a fábrica da companhia em Fremont atingiu um recorde de produção no ano passado e a empresa acredita ter potencial para estender a capacidade total para além de 600 mil EVs por ano.
Na conferência de resultados, Musk disse que o Optimus Human Robot se tornou a coisa mais importante na qual a Tesla trabalha este ano.
Para o CEO, os robôs humanóides serão importantes para lidar com a escassez de mão de obra nos EUA, e seu primeiro uso será em suas próprias fábricas.
Além disso, Musk também anunciou que a empresa não vai lançar novos modelos de veículos este ano.
Por volta das 11:43 desta quinta-feira (27), os BDRs da Tesla (TSLA34) caíam 5,58%, a R$ 150,56. Os papéis de Nova York, NASDAQ:TSLA, caíam 4,86%, a US$ 890,70.