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Tesouro Direto tem vencimento de R$ 9 bi na quarta-feira; o que fazer com o dinheiro? Limite para recompra será maior

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O Tesouro Direto terá na quarta-feira um vencimento de R$ 9 bilhões em Notas do Tesouro Nacional série B (NTN-B), hoje conhecidas como Tesouro IPCA+. São papéis cujo principal aplicado é corrigido pela inflação do IPCA, e que recebem também uma taxa de juros prefixada. Este será o maior pagamento da história do Tesouro Direto, e jogará uma quantidade significativa de recursos nas mãos de 122 mil investidores pessoas físicas.

Por isso, o vencimento despertou o interesse de bancos, corretoras e gestores de recursos. Todos estão atrás de uma fatia desse dinheiro, inclusive o próprio Tesouro Direto. Muitos estão enviando mensagens para seus clientes, sugerindo alternativas para o investidor, que deve pensar um pouco antes de decidir.

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Limite maior para facilitar renovação

Já o Tesouro Direto ampliou o limite de compras, de R$ 1 milhão por mês. Até o fim de maio, a esse limite, será acrescido o valor de papéis que estão vencendo. Assim, o investidor poderá comprar R$ 1 milhão e mais todo o valor que vence neste mês. É uma forma do Tesouro incentivar a renovação dos papéis.

Por ter a proteção da inflação, esses papéis têm prazos mais longos, chegando até 2050. Há dois tipos de papéis, os que pagam juros semestrais, chamados IPCA+ Juro Semestral, ou no final apenas, os IPCA+, caso dos que vencem na quarta-feira.

Desde sua emissão em janeiro de 2013 até sua retirada do rol de títulos para investimento no Tesouro Direto em fevereiro de 2017, os juros desse papel variaram de 2,88% ao ano até 8,03% ao ano.

Uma parte desses recursos deve voltar para os papéis públicos, acredita Diego Link, gerente do Tesouro Direto. Ele não arrisca, porém, um percentual de renovação, para aposta no sucesso que o sistema vem fazendo. Hoje, o sistema já tem 1 milhão de usuários e deve superar a meta de 1,350 milhão este ano.

Fundos de Debêntures

Uma alternativa para esse dinheiro são os fundos de debêntures incentivadas, afirma Alexandre Bueno do Prado, sócio do escritório de agentes autônomos RJ Investimentos. “Há um bom número desses fundos no mercado que contam com isenção de imposto de renda e com taxas de administração atrativas, em torno de 0,5% ao ano”, afirma. Além disso, como aplicam em vários títulos de várias empresas, esses fundos reduzem o risco do investidor de menor porte, que não conseguiria comprar tantos papéis diferentes com o valor mínimo de aplicação dessas carteiras.

Incerteza beneficia papel com IPCA

O cenário para o Brasil tem alguma incerteza, o que torna o investimento em papéis corrigidos pela inflação mais indicado, afirma Fernando Meibak, sócio da consultoria Sunrise Investimentos, lembrando que os juros reais acima do IPCA estão muito elevados. O ideal seria investir em títulos isentos de imposto de renda, como Certificados de Recebiveis do Agronegócio (CRAs) ou imobiliários (CRIs), preferencialmente.

Como segunda alternativa, Meibak indica fundos de debêntures incentivadas, que têm liquidez de curto prazo (30 a 45 dias), são isentos de imposto de renda e não têm come-cotas. “Há fundos bons, de gestores muito competentes”, afirma. A terceira alternativa seria fundos imobiliários. “Há bons fundos com retornos mensais na casa de 0,6% ao mês líquidos de imposto”, diz.

Tesouro Direto ainda atrativo

Já a Levante Ideias de Investimento faz um alerta importante para o investidor na hora de sua escolha: a maioria dos bancos e corretoras zerou a taxa cobrada para investimentos no Tesouro Direto. Em outras palavras, agora que não contam mais com o ganho com os títulos públicos, estão interessados em fazer com que você mude a sua aplicação para uma outra opção que lhes rendam ao menos alguma taxa – que você nem pode perceber a princípio.

Por isso, em meio a tantas armadilhas do mercado financeiro, a Levante acredita que os estresses dos últimos dias ajudaram a deixar as taxas de juros dos atuais títulos oferecidos pelo Tesouro Direto em um ponto interessante para compra. A consultoria gosto muito dos papéis Tesouro IPCA+, em especial aqueles com vencimento em 2035 e 2045. Leia mais no artigo da Levante.

Mas nada de aguardar o vencimento de cada papel dessa vez, sugere a Levante. A ideia é comprar agora e vender em um momento oportuno, em que você terá não apenas o rendimento prometido, mas também um retorno extra em função das expectativas de juros futuros. Esta venda antecipada é chamada de gestão ativa e pode trazer ainda mais ganhos. Saiba mais no vídeo da Levante.

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