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Tesouro: Governo central registra superávit de R$ 11,548 bilhões no mês de setembro

Resultado positivo aparece após quatro meses consecutivos no vermelho

- REUTERS/Bruno Domingos
- REUTERS/Bruno Domingos

Após quatro meses consecutivos de resultados no vermelho, o Governo Central voltou a apresentar um superávit primário em setembro. No mês passado, a diferença entre as receitas e despesas ficou positiva em R$ 11,548 bilhões, revertendo o déficit de R$ 26,350 bilhões registrado em agosto.

O saldo, que engloba as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, alcançou o melhor desempenho em termos nominais para o mês desde 2010, quando registrou um superávit de R$ 25,946 bilhões em valores nominais. Em setembro de 2022, o resultado havia sido positivo em R$ 10,936 bilhões.

O resultado do último mês superou as expectativas do mercado financeiro, que projetava um superávit de R$ 10,505 bilhões, conforme levantamento do Projeções Broadcast, do jornal Estado de São Paulo. As estimativas variavam de um déficit de R$ 8,90 bilhões a um superávit de R$ 13,70 bilhões.

No acumulado do ano até setembro, o Governo Central acumulou um déficit de R$ 93,376 bilhões, o pior resultado desde 2020. No mesmo período do ano anterior, o resultado era positivo em R$ 33,822 bilhões.

Em setembro, as receitas tiveram um aumento real de 7,7% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano, houve uma queda de 4,4%. Já as despesas subiram 11,5% em setembro, descontada a inflação. No acumulado de 2023, a variação foi positiva em 5,2%.

Nos últimos 12 meses até setembro, o Governo Central apresentou um déficit de R$ 71,4 bilhões, equivalente a 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB). A meta fiscal ajustada para 2023 permite um déficit primário de até R$ 216,4 bilhões.

No último Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, publicado em setembro, o Ministério do Planejamento e Orçamento estimou um resultado deficitário de R$ 141,4 bilhões nas contas deste ano, correspondendo a 1,3% do PIB. A equipe técnica do Ministério da Fazenda reitera que o governo tem como alvo um déficit de 1,0% do PIB em 2023.

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