O presidente Donald Trump retomou a guerra comercial com a China, ao anunciar hoje que vai tributar mais US$ 300 bilhões em importações vindas da China em 10% a partir de 1º de setembro. O anúncio ocorre na semana em que representantes dos dois países retomaram as negociações para tentar resolver o conflito comercial.
O aumento de alíquotas deve atingir um amplo volume de bens de consumo, como celulares, computadores, brinquedos e roupas fabricadas na China. Com isso, voltaram aos mercados o receito de que a guerra comercial entre as duas maiores economistas do planeta comprometa o comércio global e o crescimento mundial, que já anda cambaleante, especialmente na Europa e no Japão.
A informação mudou a tendência das bolsas, que perderam força. O Índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, estava em queda às 16h50 de 1%, o S&P 500, de 0,90% e o Nasdaq, de 0,78%. As commodities despencaram diante do receio de que a economia chinesa seja prejudicada, o que faria o maior consumidor mundial de matérias-primas reduzir suas compras.
O petróleo está em queda de 7% em Nova York, com o barril do tipo WTI negociado a US$ 54,45. Já o ouro, visto como porto seguro em caso de crises, que estava em baixa, agora sobe 1,16%, para US$ 1,454,40 a onça-troy (31,104 gramas). Já a taxa de juros de 10 anos do Tesouro dos EUA caiu 0,12 ponto percentual, para 1,89%, indicando apostas de que a atividade vai esfriar no longo prazo e os juros vão ter de ficar baixos por muito tempo.
No Brasil, o Índice Bovespa, que estava em alta de mais de 2%, aos 104.055 pontos na máxima, perdeu força e estava em alta de 0,19% perto do fechamento, aos 102.001 pontos
Petrobras PN caía 1,73% e Vale ON, 2,77%, e eram os dois papéis mais negociados. Entre as maiores quedas do Ibovespa estão IRB Brasil, com 3,60% de baixa, e Vale. As maiores altas eram de Gol PN, 6,66% e Eletrobras ON, 6,47%.
Os juros futuros recuaram por conta da decisão do Copom de cortar os juros em 0,5 ponto ontem. O contrato para janeiro de 2020 projeta 5,505, 0,11 ponto abaixo de ontem. E o para 2021, 5,40%, 0,10 ponto abaixo. O dólar voltou a subir, 0,8%, para R$ 3,848 para venad no mercado comercial.
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