SpaceMercado

Um em quatro brasileiros já usou programas ilegais apesar de conhecerem os riscos, aponta Kaspersky

Pesquisados indicam mineração fraudulenta de criptomoedas e roubo de informações no equipamento como golpes mais comuns que se escondem em software piratas

Uma recente pesquisa da Kaspersky mostra que os internautas brasileiros preferem correr o risco de serem infectados, mesmo quando mais de 90% deles estão cientes dos riscos de tomar decisões erradas ao navegar na internet.

Para os especialistas de segurança da empresa, o debate sobre pirataria deve passar a explorar questões econômicas e culturais, pois claramente a privacidade e segurança digital não é o bastante para impedir os golpes online.

Os dados são da pesquisa “Infodemia e os impactos na vida digital” da Kaspersky, em parceria com a Corpa, mostra que 91% dos brasileiros concordam que usar softwares ilegais representam um perigo à segurança online.

Porém, 26% deles admitem ter usado programas piratas. Inclusive, o Brasil é o terceiro colocado no ranking regional, sendo Argentina (32%) e Colômbia (28%) os líderes nesse quesito.

O combate à pirataria é debatido, na maioria das vezes, nas questões de segurança e privacidade digital e já é de conhecimento público que o risco é real – tanto que temos uma grande maioria que concordam que usar programas ilegais é um risco”, diz Fabio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise para a América Latina da Kaspersky.

Recentemente, os especialistas da Kaspersky revelaram que a pirataria foi explorada em mais de 93 mil tentativas de infecção de malware* disfarçadas das cinco principais plataformas de streaming: Netflix, Disney+, Apple TV+, Amazon Prime Video e Hulu.

Nesses casos, a vítima pensa que está no streaming, quando, na verdade, está autorizando a instalação de programas que podem roubar seu dinheiro (cartão de crédito, Internet ou Moble Banking) ou suas senhas para fraudar serviços online como e-commerce, redes sociais ou caixas de correio.

A tática de disfarçar programas ilegais também foram uma das principais estratégias de infecção de dispositivos para a mineração fraudulenta de criptomoeda – este método teve um crescimento de 230% no terceiro trimestre de 2022. Nesse caso, o programa instalado usa o poder de processamento do equipamento infectado para gerar criptomoedas para o criminoso sem o conhecimento do proprietário. 

Sair da versão mobile