Segundo a professora e pesquisadora da UFRJ Margarida Gutierrez, se a vacinação contra a Covid-19 for feita em um ritmo mais acelerado irá estimular a atividade econômica do país. Isso porque, segundo a pesquisadora, há uma parte importante do setor de serviços da economia – que pesa mais de 70% do PIB do Brasil – parcialmente travado por questões sanitárias.
Segundo projeções feitas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, a previsão de crescimento da economia brasileira em 2021 é de 3,5%.
Atualmente, o número de vacinados no Brasil já ultrapassa a marca de 1,5 milhão de pessoas, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa. Mais de 8,9 milhões de vacinas foram distribuídas aos estados e ao Distrito Federal. Dessas, dois milhões são da AstraZeneca e quase sete milhões da CoronaVac.
"Esse impacto se deve a quantidade de mão de obra que o setor emprega, uma vez que quando o mercado de trabalho se recupera, o nível de renda, e consequentemente de consumo, começam a subir, provocando um círculo virtuoso em que ambos os indicadores crescem", explica Margarida.
A pesquisadora diz que o primeiro lote de vacinas não terá efeito imediato na economia, e que só será possível sentir alguma mudança à medida que a vacinação progredir. "Esse avanço no desenvolvimento do país deve acontecer no segundo semestre deste ano. O PIB do semestre atual já está comprometido".