Às 15:38 desta quinta-feira (21), as ações de Vale (VALE3) subiam 1,02%, ao preço de R$ 68,08. Anteontem (19), a companhia divulgou os números de sua produção e vendas no segundo trimestre.
O BTG diz que o relatório divulgado veio em linha com suas estimativas, inclusive a redução do guidance de produção de minério de ferro para 310 – 320 milhões de toneladas em 2022 (de 320-335 milhões de toneladas).
Analistas acreditam que essa queda pode desencadear uma redução de estimativas de lucro na faixa de aproximadamente 5%, algo pequeno, mas que contém elementos qualitativos preocupantes.
Consideradas as condições macroeconômicos já muito difíceis, a Vale continua como uma forte candidata no setor de mineração para os investidores montarem uma posição vendida em relação aos seus principais pares, diz o BTG.
De acordo com os analistas, as principais dificuldades parecem ser os mesmos velhos culpados: desempenho inferior de Carajás, licenciamento, umidade, manutenção mais pesada e a venda de sua divisão do Centro Oeste.
O copo meio vazio, segundo o BTG, cabe ao desconto para os pares australianos, que deve se expandir, com a menor confiança na estabilidade/execução operacional.
O copo meio cheio, por sua vez, diz respeito aos contratempos operacionais que pressionarão o mercado de minério de ferro, que pode precisar de algum suporte e deve recebê-lo (a estratégia de valor sobre volume também pode estar em jogo).
As ações continuam altamente deprimidas e já descontam um preço de minério de ferro de US$ 75 por tonelada, que parece ser baixo, mas a história precisa de catalisadores, finaliza o BTG, que mantém recomendação de compra para VALE3 e preço-alvo de R$ 125,00.