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Veja quatro dicas para não cair no golpe do empréstimo da internet

Virtualização crescente das soluções financeiras podem esconder um golpe que pode gerar prejuízos significativos

- Foto: Getty Images
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Na crise sanitária iniciada pela COVID-19, muitos consumidores acabaram com sua fonte de renda comprometida.

Em situação de desemprego, que, em 2020, alcançou números recordes – segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, realizada pelo IBGE, a média de desemprego subiu para 13,5% em 2020 -, algumas soluções financeiras, como empréstimos e renegociações passaram a ser um dos principais refúgios dos consumidores na tentativa de organização de sua rotina financeira.

Segundo a mesma instituição, na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios da Covid-19 (Pnad Covid-19), realizada em outubro de 2020, foi identificado que cerca de 6 milhões de brasileiros solicitaram empréstimos durante a pandemia.

Consideradas as medidas de isolamento necessárias em decorrência da pandemia, assim como a virtualização de diversas relações comerciais, observou-se que a busca por soluções financeiras se deu principalmente no ambiente virtual. Em pesquisa realizada pela UBS Evidence Lab, identificou-se que, em 2020, o número de downloads de aplicativos de bancos digitais ultrapassou o das instituições tradicionais.

Foi justamente com a virtualização crescente das soluções financeiras que se intensificaram práticas criminosas que, ao oferecer empréstimos milagrosos ao consumidor, escondem um golpe que pode gerar prejuízos significativos em sua organização financeira.

Por isso, a Proteste reuniu quatro dicas para evitar que você caia nesse golpe. E cabe ressaltar: conheça a empresa com quem se busca contratar empréstimo. Isso porque, no meio virtual, são praticamente infinitos os resultados para empresas que oferecem linhas de crédito, como empréstimos.

Realizar uma busca do nome da empresa na internet, perguntar a amigos e familiares, e coletar eventuais informações em sites de reclamação são passos iniciais para conhecer a reputação do banco escolhido.

Caso você observe que a empresa possui pontuações negativas na internet, muitas reclamações de outros consumidores, ou até mesmo nenhuma informação válida e confiável sobre o serviço, procure outro banco para finalizar a transação.

Mas, infelizmente, tais cuidados não são os únicos para evitar o golpe do empréstimo falso. Isso porque, muitas vezes, sites fraudulentos se fazem passar por bancos com relevância nacional, altamente conhecidos, e se aproveitam da vulnerabilidade dos consumidores para oferecer diversas facilidades, como dinheiro rápido, taxas de juros baixas, desnecessidade de consulta aos órgãos de proteção do crédito, como SPC e SERASA, dentre outros.

Porém, embora o golpe ocorra de formas variadas, é possível identificar algumas semelhanças entre as práticas criminosas, o que poderá ajudar você a ter mais segurança e confiança em suas transações.

Ao buscar na internet termos como "empréstimo para negativados", "devolução de empréstimos", "crédito fácil", muitas vezes, você pode se deparar com links indicados via publicidade pela ferramenta de pesquisa, como o Google, indicando soluções para suas pendências financeiras.

Ao clicar nesses sites, há propostas quase irrecusáveis, que apresentam benefícios e condições muito melhores que aquelas indicadas pelas instituições tradicionais. Diante disso, o risco é clicar em links que direcionam a página para aplicativos de conversa, como o Whatsapp, onde o golpe é efetivado.

Nesse momento, para liberar o suposto crédito, os golpistas exigem o pagamento de taxas prévias, que podem se apresentar como taxas cartoriais, depósitos de segurança, garantias, dentre diversos outros.

Ao acreditar que com o pagamento desses valores conseguirá a liberação do empréstimo para a normalização de sua situação financeira, o consumidor transfere a quantia para a empresa, que, com a concretização do golpe, some e não mais apresenta nenhuma resposta ao mesmo.

Diante disso, consuma-se o golpe do empréstimo falso. Veja como evitar essa tão desagradável situação:

1. Finalize contratos de crédito com instituições confiáveis, cuja reputação e relevância são de fácil identificação no meio virtual.

A virtualização trouxe para o consumidor não só situações traumáticas, como o golpe mencionado, como também a possibilidade de pesquisar e conhecer melhor as empresas financeiras.

Precisamos nos valer dessas possibilidades como meio de fomentar uma cultura de conscientização das práticas de consumo, para reduzir a vulnerabilidade frente a grandes companhias.

2. Escolhida a empresa para contratação de um empréstimo, é preciso ficar atento a uma regra básica: primeiro você recebe o dinheiro, depois paga.

Para conseguir promover as atividades financeiras no Brasil, os bancos devem submeter-se a regras e condições previstas pela legislação, assim como pelo Banco Central. Segundo essas, não podem ser cobrados valores antecipados do consumidor que busca adquirir uma linha de crédito.

Afinal, se o consumidor se encontra em uma situação financeira delicada, não faz sentido que, para solicitar um empréstimo, o mesmo precise promover diversos pagamentos anteriores.

Caso tenha sido solicitado o pagamento prévio de valores para liberação de empréstimo, é bom que se opte por outra empresa, pois há grandes chances de estar negociando com sites fraudulentos.

3. Apenas finalize transações comerciais através das plataformas oficiais de instituições de confiança. 

Dessa forma, uma proposta de empréstimo que, para ser aprovada, deve ser finalizada fora do site ou canais oficiais da empresa precisa ser analisada com bastante cautela.

Normalmente, instituições financeiras de confiança indicam telefones, sites ou até e-mails oficiais por meio dos quais você poderá fazer contato. Dar preferencia a tais canais reduz as possibilidades de transações comerciais enganosas.

4. Cuidado com o pagamento de valores a pessoas físicas.

Para atuarem no Brasil, as instituições financeiras precisam estar adequadas a diversas normas, dentre elas a necessidade de disporem de um CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas.

Sendo assim, caso para liberação de um empréstimo, você precise transferir valores a pessoas físicas, é possível que esteja prestes a cair no golpe do empréstimo falso.

A Proteste enfatiza que conhecer seus direitos e práticas de educação financeira são fundamentais para não cair nos golpes do empréstimo falso. Embora, muitas vezes, as condições oferecidas pelas empresas fraudulentas sejam muito mais favoráveis que as demais – como a dispensa da análise de crédito -, muitas vezes também tais condições escondem uma série de crimes que, no final das contas, gerará mais prejuízos que benefícios.

Mantenha-se consciente no momento de contratar um empréstimo: soluções milagrosas que ignoram sua possibilidade de pagamento das parcelas, na maioria dos casos, configuram tentativas de golpes que buscam causar ainda mais danos financeiros.

Com informações da Assessoria de Imprensa da Proteste.

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