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Venda de imóveis usados em SP cresce 26,8% em fevereiro, diz Creci

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As vendas de imóveis usados na Capital paulista mostraram força em fevereiro, crescendo 26,8% na comparação com janeiro, conforme pesquisa do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de São Paulo (CreciSP). No primeiro mês do ano, as vendas haviam caído 28,03% em relação a dezembro.

“O fevereiro sem Carnaval ajudou o mercado evitando a dispersão de interesse e de foco dos potenciais compradores”, avaliou José Augusto Viana Neto, presidente do CreciSP. Ele ressalva que em março “é possível que tenhamos o efeito rebote por conta da antecipação e da postergação da festa.”

Foram vendidos mais apartamentos (68,83%) do que casas (31,17%) com descontos sobre os preços originais de venda que variaram de 11,92% (imóveis
situados na Zona A) a 7,64% (imóveis da Zona C). Quase a metade das vendas – 44,16% do total – foi de residências com preço final de até R$ 400 mil, sendo a maioria (75,32%) de padrão construtivo médio.

O aumento de vendas impactou os preços do metro quadrado dos imóveis usados vendidos pelas imobiliárias pesquisadas pelo CreciSP em fevereiro.
A alta média foi de 9,94% em relação a janeiro. Do total de unidades vendidas, 50% enquadraram-se nas faixas de até R$ 7 mil o metro quadrado.

Os financiamentos concedidos por bancos foram responsáveis por pouco mais de 1/3 das vendas (35,06%) feitas pelas 270 imobiliárias consultadas.
A maioria das casas e apartamentos foi vendida à vista, modalidade presente em 61,04% dos contratos. A pesquisa CreciSP também registrou 2,6% de vendas feitas com pagamento parcelado pelos proprietários dos imóveis e 1,3% por cartas de crédito de consórcios
imobiliários.

Entre os financiamentos bancários, a participação da Caixa Econômica Federal (CEF) com 16,88% foi superada pela dos demais bancos, com 18,18%,
resultado que levou o presidente do CreciSP a defender uma revisão urgente da política que vem sendo adotada pelo banco estatal.

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Aluguel de casas e apartamentos cai 26,13% em fevereiro

Foram alugados na cidade de São Paulo em fevereiro um número de imóveis 26,13% menor que o registrado em janeiro pela pesquisa CreciSP. No primeiro
mês do ano, o saldo havia sido positivo, com alta de 19,89% sobre dezembro.

Mais da metade das novas locações (53,25%) vai custar aos inquilinos aluguéis médios mensais de até R$ 1.200,00. Os novos aluguéis contratados
em fevereiro subiram em média 4,95% na comparação com janeiro.

Segundo a pesquisa CreciSP, quem alugou em fevereiro conseguiu obter descontos sobre os aluguéis inicialmente pedidos de 8,75% para os imóveis
situados em bairros da Zona A, como os Jardins; de 9,09% para os da Zona B, que agrupa bairros como Aclimação e Brooklin; de 8% para os da Zona C, onde estão Jabaquara e Mooca entre outros; de 10,46% para os da Zona D, que reúne bairros como Vila Alpina e Casa
Verde; e de 11,85% na Zona E, caso de Lauzane Paulista e São Mateus, entre outros bairros.

No mercado de casas, o aluguel mensal mais barato contratado em fevereiro foi em média de R$ 551,97 pelas de 1 dormitório situadas em bairros
da Zona E. O mais caro chegou a R$ 4.700,00 por casas de 4 dormitórios em bairros da Zona B. O maior aumento no mês, de 17,27%, foi o das casas de 1 dormitório na Zona D, que subiram de R$ 599,99 em janeiro para R$ 702,45 em fevereiro.

Entre os apartamentos, o aluguel mais barato – R$ 700,00 – foi o de quitinetes em bairros da Zona D. O mais caro foi o de apartamentos de 3 dormitórios
na Zona B, que ficou na média de R$ 4.558,00 – esse também foi o aluguel que mais aumentou nesse segmento, 51,4%, já que custava em média R$ 3.010,61 em janeiro. A maior queda, de 11,7%, foi a dos apartamentos de 2 dormitórios em bairros da Zona E, que passaram
da média de R$ 1.056,82 em janeiro para R$ 933,20 em fevereiro.

As formas de garantia de pagamento do aluguel em caso de inadimplência dos inquilinos foram o fiador pessoa física (33,75% do total); o depósito
de valor equivalente a três meses o aluguel contratado (31,73%); o seguro de fiança (21,05%); a caução de imóveis (11,15%); a locação sem garantia (1,24%); e a cessão fiduciária (1,08).

As novas locações de fevereiro distribuíram-se entre os bairros situados nas Zonas D (25,39% do total); C (24,31%); B (23,99%); E (17,18%): e
A (9,13%).

Inadimplência e ações judiciais

Estavam inadimplentes em fevereiro 4,53% dos inquilinos com contrato em vigor nas 270 imobiliárias pesquisadas pelo CreciSP, percentual menor que o de janeiro, de 5,13%.

As imobiliárias também informaram ter recebido as chaves de casas e apartamentos cujos inquilinos desistiram de continuar alugando-os por motivos financeiros (53,51%) ou outras razões, como mudança de bairro e cidade (46,49%). Esse número equivale a 70,59% das 646 novas locações de fevereiro, percentual menor que os 77,78% registrados pela pesquisa CreciSP de janeiro.

A pesquisa que o CreciSP fez nos Fóruns da Capital apurou que houve crescimento de 57,32% no número de ações de todos os tipos envolvendo a locação
na passagem de janeiro para fevereiro – de 1.448 para 2.278.

As ações consignatórias aumentaram 120% (de 5 para 11); as renovatórias subiram 83,33% (de 48 para 88); as de rito sumário cresceram 63,31% (de
526 para 859); as propostas por falta de pagamento subiram 52,48% (de 825 para 1.258); e as de rito ordinário aumentaram em 40,91% (de 44 para 62).

Metodologia

A pesquisa mensal sobre valores de imóveis usados na cidade de São Paulo feita pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI) – 2ª Região adota os seguintes critérios:

1. Os dados são colhidos por meio de entrevistas pessoais com os responsáveis por imobiliárias cadastradas no Creci.

2. Pesquisam-se os valores pedidos e os valores efetivos de venda dos imóveis, mas se apuram os valores médios de venda com base nos preços efetivos de venda por ser esta a prática do mercado.

3. Apuram-se os preços efetivos de venda de apartamentos e casas por metro quadrado de área útil, em reais.

4. Para a determinação dos valores médios de venda dos imóveis, eles são agrupados segundo sua idade de construção, suas características construtivas e sua similaridade de preço no mercado.
Essa similaridade despreza a localização geográfica e privilegia o agrupamento dos imóveis em bairros de cinco “zonas de valor”, com preços homogêneos.

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