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Vice-presidente Alckmin enfatiza importância do rigor fiscal para manter redução dos juros

Fala foi feita nesta segunda-feira (4), em meio a Encontro Anual da Indústria Química

- Rovena Rosa/ Agencia Brasil
- Rovena Rosa/ Agencia Brasil

O vice-presidente e também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou nesta segunda-feira (4) a relevância do governo em manter a disciplina fiscal para garantir a contínua trajetória de redução das taxas de juros.

Durante um evento no Encontro Anual da Indústria Química, em São Paulo, Alckmin expressou que um câmbio entre R$ 4,90 e R$ 5 em relação ao dólar é favorável para a competitividade.

"Nós temos um desafio pela frente: manter a disciplina fiscal para garantir a queda dos juros. Uma taxa de câmbio entre R$ 4,90 e R$ 5 é uma taxa competitiva", afirmou Alckmin, que está temporariamente no exercício da Presidência enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em viagem internacional à Alemanha.

Além disso, o vice-presidente ressaltou a expectativa de que a situação fiscal do país possa melhorar com a implementação da reforma tributária.

Ele argumentou que quanto menor o número de exceções e mais rápida for a transição, mais eficiente será o resultado dessa reforma.

Nos últimos três encontros, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros Selic em 0,5 ponto percentual, diminuindo-a de 13,75% para 12,25%.

As projeções do mercado financeiro, conforme apontado pela pesquisa Focus do Banco Central, sugerem um possível corte adicional de 0,5 ponto percentual na próxima reunião do Copom, marcada para este mês e a última de 2023, o que levaria a taxa Selic para 11,75% até o fim do ano. Para o final de 2024, a expectativa do mercado é de uma Selic situada em 9,25% ao ano.

As previsões do Focus também indicam que a cotação do dólar pode fechar o ano atual em torno de 4,99 reais e encerrar o próximo ano negociado a 5,03 reais.

Alckmin reiterou a importância da reforma tributária em tramitação no Congresso Nacional como um possível caminho para solucionar a questão fiscal do país. Ele defendeu que quanto menos exceções forem incluídas na reforma pelos parlamentares, melhores serão os resultados.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária retornou à Câmara dos Deputados após alterações feitas pelo Senado.

A expectativa da equipe econômica liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é de que as mudanças tributárias relacionadas ao consumo sejam promulgadas ainda este ano.

Bernard Appy, secretário extraordinário para a Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, enfatizou a necessidade de menos exceções no texto da proposta, comparando-o favoravelmente ao sistema tributário atual, embora defenda que ainda existem áreas para aprimoramento.

Por ser uma modificação constitucional, a reforma tributária só será promulgada após a aprovação unânime de textos idênticos pela Câmara e pelo Senado.

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