A Juno – fintech focada em oferecer soluções de conta digital e meios de pagamento – realizou uma pesquisa com 400 pessoas, incluindo clientes e não-clientes da empresa, que revelou uso intenso do Pix, busca por contas digitais para a gestão financeira e importância cada vez maior das redes sociais na rotina dos empreendedores.
Empreendendo com a tecnologia
Se antes já eram de enorme relevância, após a pandemia as tecnologias e os recursos digitais deixaram o posto de tendência e tornaram-se praticamente obrigatórios para todos os empreendimentos, inclusive para os de pequeno porte. Para estes, em especial, o celular tornou-se a principal ferramenta de gestão e divulgação de negócios.
Segundo a pesquisa da Juno, 60% dos entrevistados afirmaram ter começado seus serviços em meios digitais e, nesse cenário, as redes sociais tiveram grande destaque para atrair novos consumidores e para a manutenção do relacionamento com quem compra: "Hoje em dia o Instagram virou a vitrine de uma loja online", declarou uma das entrevistadas, sobre a importância das redes para o seu negócio. Para as MPEs abertas durante a pandemia, o WhatsApp foi o principal canal (83%) utilizado pelos entrevistados para vender e atender clientes, seguido pelo Instagram (58%), aponta o estudo.
Dominar as melhores ferramentas e estratégias para os negócios é uma das principais barreiras a serem vencidas por quem está começando a empreender. Contudo, ainda que o conhecimento técnico seja um grande desafio e a atual crise não permita gastos excessivos, muitas empresas estão interessadas em se desenvolver cada vez mais: a pesquisa revelou que 33% das MPEs abertas durante a pandemia investiram ou pretendem investir em algum curso ou consultoria focados em gestão, ao passo que 83% contrataram ou pretendem investir em serviços de marketing digital para veicular anúncios nas redes sociais e alavancar as vendas.
Contas digitais e o uso massivo do Pix
Da mesma forma, ainda que velhos hábitos como o uso do famoso caderninho para o controle das finanças ainda estejam muito presentes, a busca por soluções novas e menos burocratizadas é uma necessidade para esses empreendedores. Fatores como taxas muito elevadas, atendimento demorado, problemas para emissão de boletos bancários e frustrações ao usar o aplicativo para smartphone foram os principais motivos de insatisfação elencados pelos entrevistados em relação aos bancos tradicionais.
Apenas em 2020, foram abertas cerca de 7,4 milhões de contas digitais no Brasil, de acordo com o levantamento de Tecnologia Bancária da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN). Assim, elas ganham uma fatia relevante neste cenário, justamente por apresentarem uma solução menos engessada e mais em conta, visto que não cobram tarifas mensais por uma cesta de produtos.
O Pix também apareceu como destaque no estudo. Com cerca de 10 meses de funcionamento, o sistema de pagamentos instantâneo do Banco Central caiu como uma mão na roda para facilitar e eliminar os custos das transações, especialmente em um período de isolamento social. Segundo André Carrera, Diretor de Produto da Juno, "o Pix foi um achado no meio da pandemia. Muitas MPEs tinham maquininhas e outros métodos que não podiam mais utilizar. Com o Pix, houve a democratização de produtos bancários no país e, junto com os bancos digitais, trouxe uma facilidade operacional essencial para o atual momento"