X no Brasil

X nomeia representante legal no Brasil e cumpre decisão do STF

Plataforma destaca que reconhece a soberania dos países em que opera, após suspensão no Brasil determinada por Alexandre de Moraes

X, Twitter
X, Twitter | Foto/Reprodução - X

A plataforma X (anteriormente conhecida como Twitter) declarou nesta sexta-feira (27) que respeita a soberania dos países onde atua, após atender à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de designar um representante legal no Brasil.

A empresa também acatou a ordem de remover perfis bolsonaristas da plataforma, como parte das determinações judiciais em vigor.

A advogada Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição foi indicada como representante legal do X no Brasil.

A nomeação faz parte de uma série de medidas que a rede social precisou adotar para evitar sanções mais severas.

Além disso, o STF determinou que R$ 18,35 milhões das contas da plataforma e da Starlink no Brasil fossem transferidos para a União, como forma de quitar as multas impostas devido ao descumprimento anterior de decisões judiciais.

Em comunicado oficial, publicado diretamente no X, a rede social reafirmou seu compromisso com a liberdade de expressão, desde que respeitados os limites legais.

“O X está dedicado a proteger a liberdade de expressão dentro dos limites da lei e reconhecemos e respeitamos a soberania dos países em que operamos”, declarou a empresa em tweet.

Suspensão e multas

Desde o final de agosto, a rede social está suspensa no Brasil por determinação do ministro Alexandre de Moraes.

A medida foi tomada após o X descumprir diversas ordens judiciais, incluindo o bloqueio de perfis bolsonaristas, a falta de fornecimento de informações sobre monetização e a ausência de um representante legal no país.

Mesmo com a suspensão, usuários brasileiros que estão no exterior conseguem acessar a plataforma normalmente.

A decisão de suspender o X foi mantida pela 1ª Turma do STF, que reforçou a exigência de cumprimento integral das ordens judiciais, incluindo o bloqueio de perfis, o fornecimento de dados sobre monetizações e a nomeação de um representante legal no Brasil.

Cronologia do bloqueio

A sequência de eventos que levou à suspensão da rede social inclui várias tentativas do STF de obter o cumprimento das decisões por parte do X.

Em agosto, o tribunal impôs uma multa diária de R$ 50.000 à plataforma pelo descumprimento das ordens.

Posteriormente, a multa foi ampliada após constatação de que os representantes legais do X no Brasil estavam tentando evitar a intimação.

Em 17 de agosto, o proprietário do X, Elon Musk, afirmou que não cumpriria as ordens judiciais brasileiras e chegou a declarar que encerraria as operações da subsidiária da rede social no Brasil. Isso levou o STF a determinar a suspensão completa da plataforma no país no final do mês.

A expectativa é de que o X restabeleça suas operações no Brasil assim que todas as exigências legais forem cumpridas e as multas quitadas.

Até o momento, a plataforma já iniciou parte do processo, com a nomeação de um representante legal e o bloqueio de perfis conforme determinado pelo STF.

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