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XP: com aprovação de fusão com o Big a caminho, vale a pena investir no Carrefour Brasil (CRFB3)?

Papéis têm alta de 0,71%, cotados a R$ 15,57 cada, nesta quarta-feira (26)

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A XP mantém recomendação neutra para as ações de Carrefour Brasil (CRFB3), com preço-alvo de R$ 22,40, disseram os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt em relatório publicado na terça-feira (25).

Por volta das 11:41 desta quarta-feira (26), os papéis CRFB3 subiam 0,71%, cotados a R$ 15,57 cada.

A manutenção da indicação ocorre após a empresa anunciar a recomendação da Superintendência-Geral do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) de aprovação da aquisição do Grupo BIG.

Isso significa que, agora, a operação será analisada pelo Tribunal do CADE até junho de 2022 (prazo máximo para apreciação previsto no regulamento, e que leva em consideração possíveis extensões).

Há, ainda, na recomendação da SG a previsão de celebração de Acordo em Controle de Concentrações (ACC), com termos diversos do previsto no anúncio de aquisição divulgado pelo Carrefour anteriormente.

A previsão atual é que, após a conclusão da operação, o Carrefour inicie os trabalhos para converter 3.881 lojas, sendo 63 Maxxi, 43 Sam’s Club, 86 BIG, 45 Super Bompreço, 54 Nacional e 97 TodoDia.

Essa etapa, de acordo com o time de Varejo do Research da XP, será fundamental para a percepção dos efeitos da operação para o grupo.

“A companhia vem sinalizando desde a aquisição da operação do BIG que devemos esperar remédios em algumas regiões de forte atuação das duas empresas, mas a aprovação da combinação entre as empresas já é amplamente esperada pelo mercado. Devemos ter um efeito mais concreto nas ações do Grupo Carrefour a partir da conversão das lojas e entrega de resultados da operação, que deve começar a acontecer logo após a aprovação pelo CADE, com previsão de ser concluída até junho de 2022”, afirmam os analistas.

Para o time de especialistas do Research da XP, o principal ponto positivo da operação vai ser afirmar o lugar da companhia entre as maiores do segmento.

“Com a transação, o maior ganho na nossa visão para o grupo é a consolidação da sua posição entre as maiores empresas do segmento de varejo alimentar no Brasil, que vem com desafios principalmente de conversão de lojas das marcas e formatos do Grupo BIG, além de um novo formato de operação (Sam’s Club), que a companhia não tem ainda em seu portfólio”, explicam os analistas da XP.

Contudo, eles destacam que os novos formatos no portfólio também podem se apresentar como desafios, em especial na execução, uma vez que o Grupo BIG passa por uma reestruturação desde 2018.

“Não houve mudança na recomendação na época do anúncio – em 24 de março de 2021 -, e mantemos nossa visão para o papel nesse momento, uma vez que esperamos um curto prazo ainda desafiador para o segmento de varejo do grupo (principalmente na categoria não alimentar) enquanto só devemos ver os impactos positivos da aquisição nos resultados da companhia a partir do 2º semestre do ano”, concluem os analistas.

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