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XP mantém recomendação de compra para ações da Vale (VALE3) após venda de ativos de carvão

Analistas destacam gestão disciplinada na alocação de capital, com avanços ESG; forte geração de caixa, mesmo com recente correção nos preços de minério de ferro; e valuation atrativo da empresa

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Na terça-feira (21), a Vale (VALE3) divulgou a celebração de um acordo vinculante com a Vulcan Minerals para vender a mina de carvão Moatize e o Corredor Logístico Nacala (CLN) pelo total de US$ 270 milhões, sendo US$ 80 milhões na conclusão da transação e US$ 190 milhões do negócio existente até a conclusão.

Além disso, o acordo ainda inclui um Acordo de Royalty de 10 anos sujeito a certas condições de produção da mina e preço do carvão.

Para a XP, a venda dos ativos foi positiva para a mineradora, uma vez que a Vale se comprometeu em focar em seus negócios core e tem se transformado em uma líder na mineração de baixo carbono.

Além disso, o relatório assinado por Andre Vidal, head de Óleo, Gás e Materiais Básicos, e Thales Carmo, analista de Mineração e Siderurgia e Papel e Celulose, destaca que a Vale estabeleceu como meta ser neutra em carbono até 2050.

Para atingir essa meta, a empresa planeja uma redução de 15% até 2035 nas chamadas emissões de escopo 3, aquelas geradas quando os clientes queimam ou processam suas matérias-primas. A venda de Moatize, segundo os analistas, representa um passo para cumprir essa meta.

No material, analistas da XP destacam que a compradora, Vulcan Minerals, faz parte do Jindal Group, avaliada em US$ 18 bilhões.

O Jindal Group tem vasta experiência de trabalho em Moçambique com as operações da mina Chirodzi, localizada na Bacia de Tete em Moçambique, uma mina a céu aberto que opera a 5 milhões de toneladas por ano em 2021.

Por fim, a XP reitera visão otimista para a Vale, apoiada por:

(i) forte geração de caixa, mesmo com a recente correção nos preços de minério de ferro;

(ii) gestão disciplinada na alocação de capital, com avanços ESG; 

(iii) valuation atrativo.

A XP mantém recomendação de compra para a companhia, com preço-alvo de R$ 91,00 por ação.

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