brasil

XP reduz estimativa do dólar para o final de 2020 de R$ 5,50 para R$ 5,20

-
-

Por Gabriel Codas

Investing.com – Em relatório divulgado na noite de ontem, a XP Investimentos revisou a projeção para dólar comercial no final do ano de R$ 5,50 para R$ 5,20 e, para o final de 2021, de R$ 5,50 para R$ 4,90. A equipe fundamenta a decisão na redução dos riscos globais e domésticos associados à pandemia no médio prazo, no retorno gradual dos preços das commodities e na relativa manutenção do diferencial de juros até o fim de 2021.

Os analistas avaliam que o primeiro semestre de 2020 ficará na história como o início do período de maior incerteza na vida das pessoas, dos governos e, consequentemente, dos mercados financeiros globais. A pandemia do novo coronavírus trouxe à tona de forma bem explícita como em períodos de aversão ao risco, os ativos de maior segurança preponderam. A moeda norte-americana foi o refúgio de alocação de ativos escolhidos em todas as partes do mundo e o Brasil não ficou de fora. O movimento ficou escancarado na taxa de câmbio nos últimos meses.

Desde o início do alastramento do novo coronavírus nos países ocidentais no início de março, o risco vem sendo o principal fator de explicação para as oscilações diárias da taxa de câmbio R$/US$. A corretora destaca que, dado o elevado grau de incerteza na economia brasileira e a manutenção da volatilidade do dólar em níveis historicamente elevados, o cenário poderá ser revisto marginalmente nos próximos meses.

Para os próximos meses, a equipe considera elementos macroeconômicos como a expectativa de depreciação próxima de 5,0% do índice dólar (DXY), uma média da moeda americana ante uma cesta de seis moedas conversíveis dos patamares observados no segundo trimestre de 2020 até o final de 2021; a redução de incerteza global e doméstica; projeção do CDS de 5 anos do Brasil próximo aos 180 pontos ao final de 2021 e o retorno dos níveis do preço do petróleo Brent, que afetará positivamente a pauta de exportações.

Além disso, a XP trabalha também com a relativa manutenção do diferencial de juros entre as taxas brasileiras e americanas pelos próximos trimestres, e expectativa de elevação desta ao final de 2021.

Sair da versão mobile