A XP retomou a cobertura de ações da Petrobras com recomendações de compra e preço-alvo de R$ 45,30 para PETR3 e PETR4 e US$ 16,40 para as ADRs (PBR/PBR.A).
De acordo com o relatório assinado por Andre Vidal, head de Óleo, Gás e Materiais Básicos, Maíra Maldonado, analista de Óleo e Gás, Energia e Saneamento, e Marcella Ungaretti, head de Research ESG, as razões para a indicação são:
– alta qualidade dos ativos do pré-sal (com produção crescente);
– valuation atrativo (2,5x EV/EBITDA 12 meses à frente);
– dividendos robustos (aproximadamente 23% de dividend yield para 2022).
Entretanto, a XP vê um alto potencial para volatilidade nas ações no próximo ano, à medida que as eleições presidenciais se aproximam.
Segundo o material, vê-se um risco a curto prazo de a companhia ser utilizada para subsidiar combustíveis novamente. Projetos de lei colocam a petroleira em risco novamente. Em razão disso, questiona-se também os estouros de orçamento em investimentos, como ocorrido em passado recente.
Variações no petróleo e no dólar também podem gerar volatilidade no preço das ações.
Por fim, a XP ressalta também que os negócios da companhia apresentam riscos operacionais de acidentes, sendo um derramamento de óleo ou derivados um dos piores. À medida que a conscientização ESG cresce, as consequências para a companhia responsável, caso ocorra tal tragédia, serão cada vez mais graves.
A XP projeta uma taxa de crescimento anual composta (“CAGR”) da produção de petróleo da Petrobras no Brasil, de 2021 a 2026, de 4%. Segundo os analistas, a Petrobras possui diversas reservas a serem exploradas na próxima década em projetos de alto retorno e baixo risco de execução.