Futuro político em jogo

3 apostas de Haddad caso seja escolhido para suceder Lula, segundo colunista

Em conversas com aliados, Fernando Haddad tem demonstrado uma postura tranquila frente aos ataques da oposição e às críticas internas

-
-

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), apontado como o “herdeiro” natural de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para sucedê-lo na liderança da esquerda brasileira e mesmo como um virtual candidato à presidência da República, enfrenta desafios políticos e econômicos significativos, à medida que sua imagem como potencial sucessor presidencial se torna mais polêmica.

Desde que assumiu o cargo no governo, Haddad tem sido alvo de críticas tanto da oposição quanto de setores internos do governo.

A criação de novos impostos e o comportamento da cotação do dólar, por exemplo, têm sido usados por adversários para enfraquecer sua imagem como futuro líder.

A ascensão de Haddad como herdeiro do espólio de Lula enfrenta fortes pressões

Haddad, que ocupa o Ministério da Fazenda desde o início do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem sido visto como o candidato preferido do campo progressista para disputar a Presidência em 2026.

No entanto, sua trajetória política à frente da pasta, marcada por medidas econômicas difíceis e ajustes fiscais, tem gerado críticas tanto da oposição quanto de aliados dentro do próprio governo.

Embora a figura de Lula ainda seja central no cenário político brasileiro, o ministro tem se posicionado como o líder emergente da esquerda, especialmente após a ausência de outros nomes fortes até o momento.

O desgaste relacionado ao cargo de ministro da Fazenda, especialmente em tempos de crise econômica e aumento de impostos, tem feito de Haddad um alvo de ataques constantes.

Enquanto a oposição, especialmente os bolsonaristas, usa sua gestão econômica como munição para enfraquecer sua imagem, figuras internas no governo também criticam o corte de gastos e as medidas fiscais adotadas.

Este cenário tem imposto ao ministro uma difícil batalha para manter sua popularidade enquanto, ao mesmo tempo, tenta se destacar como o líder que pode seguir os passos de Lula na presidência.

Haddad desponta como o nome favorito entre progressistas

Apesar do cenário adverso, Fernando Haddad continua como o nome preferido do campo progressista para as eleições presidenciais de 2026.

De acordo com a última pesquisa CNT, o ministro lidera a preferência do eleitorado, com 31,00% das intenções de voto, à frente de figuras como o deputado federal Guilherme Boulos, do PSOL, que tem 17,00%, e do prefeito de Recife, João Campos, do PSB, com 12,00%.

Esses números revelam que, apesar das críticas e da complexidade de seu trabalho à frente da Fazenda, Haddad continua como o candidato mais forte dentro da esquerda para a sucessão de Lula.

Um dos fatores que contribui para a liderança de Haddad sobre os concorrentes do campo progressista seria o seu perfil mais moderado em comparação com Boulos, que representa uma ala mais radical do PSOL.

Além disso, o ministro desfruta de maior conhecimento nacional que Campos, o que reforça sua posição como um nome consolidado dentro do espectro político de esquerda.

Ministro minimiza os ataques e olha para o futuro

Em conversas com aliados, Fernando Haddad tem demonstrado uma postura tranquila frente aos ataques da oposição e às críticas internas.

De acordo com o blog do colunista Paulo Cappelli, do site Metrópoles, o ministro acredita que:

  1. A imagem negativa que tem sido construída ao seu redor não vai ser determinante para uma futura candidatura presidencial, já que ele avalia que a disputa em 2030 tende a ser mais focada no cenário político da época, e não nos acontecimentos atuais. Ou seja, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve se candidatar à reeleição em 2026.
  2. Haddad acredita que, ao longo do tempo, os investimentos públicos e privados realizados durante sua gestão começarão a ser percebidos pela população, o que pode melhorar sua popularidade.
  3. O ministro ainda argumenta que a resistência à criação de novos impostos estaria concentrada principalmente nas camadas mais altas da população, enquanto as classes populares, que não são diretamente afetadas por essas medidas, não compartilham das críticas da elite econômica. Haddad defende que, ao focar em medidas fiscais para aumentar a arrecadação e controlar a inflação, o governo garante o equilíbrio financeiro necessário para sustentar os programas sociais e investimentos no País.
Sair da versão mobile