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Braskem (BRKM5): governo alagoano cria gabinete de crise ambiental sob risco de colapso em Maceió

Cupúla deve ser liderado pelo governo federal e é composto por representantes de Alagoas, prefeitura de Maceió, outros municípios no entorno da capital e das vítimas prejudicadas pelo afundamento do solo

- Divulgação
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Um gabinete permanente de crise ambiental foi criado, na última segunda-feira (11), sob o risco de colapso de uma mina da Braskem (BRKM5) em Maceió – AL. A cupúla deve ser liderado pelo governo federal e é composto por representantes de Alagoas, prefeitura de Maceió, outros municípios no entorno da capital e das vítimas prejudicadas pelo afundamento do solo.

No último domingo (10), a situação atingiu seu ponto crítico, após o rompimento de parte da mina 18, que corria risco de desabar e estava sob a Lagoa Mundaú. O evento geológico está associado à mineração de sal-gema da Braskem.

Até à tarde de segunda, a Defesa Civil municipal seguia trabalhando para retomar o monitoramento da movimentação do solo naquela cavidade específica. Conforme o órgão, um dos aparelhos de alta precisão se perdeu com o evento.

“A região afetada pelo rompimento e as demais no entorno dos poços de sal seguem sendo monitoradas 24 horas por dia. Reforçamos que o evento se concentrou na mina 18, sem vítimas, já que a área estava desocupada, e o monitoramento não indica comprometimento de minas próximas”, ponderou, em nota, o coordenador Abelardo Nobre.

Em Brasília, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) pode ser instalada no Senado nesta terça-feira (12) para investigar o caso, opondo grupos políticos rivais em Alagoas.

Além disso, o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), foi à capital federal em busca de mais recursos e quer tratar do problema com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Lá por Alagoas, o governador Paulo Dantas (MDB) insistiu na proposta de desapropriação das áreas que tiveram de ser desocupadas em Maceió, mas já teria recuado do plano. São cinco bairros no total – Mutange, Pinheiro, Bebedouro Bom Parto e uma parte do Farol -, com cerca de três quilômetros quadrados que hoje pertencem à petroquímica.

Segundo o governador, o plano é desapropriar a área que passou a pertencer à Braskem, após a desocupação de cerca de 14 mil imóveis e realocação de 40 mil pessoas, em meio ao surgimento de rachaduras em vias e construções devido ao afundamento do solo, e transformá-la em um parque estadual similar ao Parque Ibirapuera, em São Paulo.

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