Política

Braskem (BRKM5): medo de desastre recair na Petrobras (PETR4) faz governo buscar alternativas a CPI

Integrantes do governo Lula (PT) avaliam criar uma comissão especial coordenada pela Advocacia-Geral da União (AGU)

Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente da República, e Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados - José Cruz, para a Agência Brasil
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente da República, e Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados - José Cruz, para a Agência Brasil

Integrantes do governo Lula (PT) avaliam criar uma comissão especial coordenada pela Advocacia-Geral da União (AGU) como alternativa à CPI da Braskem (BRKM5). Para eles, isso daria mais controle ao Poder Executivo sobre a apuração dos estragos provocados pela exploração da mineradora em Maceió do que uma CPI, "que é por natureza um palco político para opositores".

A Petrobras (PETR3)(PETR4) é uma das acionistas da Braskem e qualquer responsabilização da petroquímica poderia recair sobre a estatal.

Por isso, o grupo da AGU ficaria sob a tutela do ministro Jorge Messias e teria amplos poderes para requisitar informações sobre tudo o que se passou nos últimos anos.

“Acontece que o Planalto não tem interesse na realização da CPI, que pode causar problemas para a Petrobras, a segunda maior acionista da indústria petroquímica”, afirmou à CNN Brasil um dos participantes da reunião que ocorreu nesta manhã no Palácio do Planalto sobre o assunto.

De início, a ideia é tratada com simpatia entre apoiadores do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL). Eles também são contrários à instalação de uma CPI e veem convergência com integrantes do governo Lula.

Já o ex-presidente do Senado, Renan Calheiros, é o principal articulador da comissão. Para ele, a CPI é “isenta, indispensável, inadiável”. O senador destacou que todos integrantes da comissão já foram indicados e não haveria mais nada para impedir o início da investigação, em entrevista a CNN.

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