O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou que vai dar início às articulações para a tão aguardada reforma ministerial, que envolve diretamente os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
De acordo com o que fontes reportaram ao jornal Folha de S.Paulo, ambos foram informados de que se reunirão com o presidente da República – e as tratativas se estenderão até a próxima semana.
Alcolumbre acompanha Lula em uma viagem ao Amapá (AP), nesta quinta-feira, 13 de fevereiro, em gesto simbólico da parceria.
Início da reforma ministerial foca em pastas estratégicas
A reconfiguração ministerial deve começar pelas pastas atualmente controladas pelo PT, com destaque para o Ministério da Saúde, comandado por Nísia Trindade.
Dois ex-ministros despontam como favoritos para a vaga: Alexandre Padilha, titular das Relações Institucionais, e Arthur Chioro, presidente da EBSERH e ex-ministro da Saúde no governo Dilma Rousseff (PT).
Wellington Dias, pressionado, pode deixar Desenvolvimento Social
Enquanto isso, cresce o desgaste do ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT-PI).
A recente declaração sobre um possível reajuste no Bolsa Família, prontamente desmentido pelo Ministério da Casa Civil, acirrou as críticas ao seu desempenho.
Aliados do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) veem no episódio um sinal para sua possível saída, com a hipótese de que retorne ao Senado Federal para fortalecer a articulação política.
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Reforma ministerial implica em possíveis trocas em cargos estratégicos
A reforma ministerial pode atingir também a chamada “cozinha do Planalto”, com a possível entrada da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, na Secretaria-Geral da Presidência, em substituição a Márcio Macêdo.
Já a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, pode ser trocada por Luciana Santos (PCdoB), atual titular da Ciência e Tecnologia, o que abriria espaço para uma legenda do Centrão, como o PSD, assumir a pasta tecnológica.
Conflitos e articulações do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) envolvem o Centrão
As movimentações geram disputas, especialmente com o Centrão, que cobiça o comando do Ministério da Agricultura, ocupado por Carlos Fávaro (PSD).
Entretanto, a resistência do próprio PSD desponta como um obstáculo.
Caso Padilha deixe as Relações Institucionais, surge o nome de Silvio Costa Filho (Republicanos), atual ministro de Portos e Aeroportos, como forte candidato à pasta.
Perspectivas e reflexos políticos
Aliados de Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, alertam que as definições ministeriais impactarão diretamente a distribuição de cargos estratégicos no Poder Legislativo, fundamentais para garantir apoio em pautas essenciais.
As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
