No segundo turno das eleições para prefeito de São Paulo, cerca de 19.561 eleitores optaram pelo número de Pablo Marçal, candidato do PRTB, mesmo após sua eliminação no primeiro turno.
Esses votos foram anulados e contribuíram para um total de 430.746 votos nulos no segundo turno, de acordo com dados do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).
Além do número 28 de Marçal, os eleitores digitaram números de outros candidatos fora da disputa, como 13, do PT, e 22, do PL.
Somente o número 13 foi digitado 13.011 vezes, enquanto o 45, que, no primeiro turno, representou a candidatura de José Luiz Datena pelo PSDB, apresentou 8.226 votos anulados.
A escolha desses números sem candidatos presentes no segundo turno ajudou a compor o percentual de 6,75% de votos nulos na cidade.
Eleição e votos nulos
Ricardo Nunes (MDB) foi reeleito com uma vantagem de mais de um milhão de votos sobre Guilherme Boulos (PSOL), que contava com o apoio do PT e de sua vice, a ex-prefeita Marta Suplicy.
Durante a campanha, Marçal, conhecido por suas estratégias de comunicação, chegou a incentivar indiretamente eleitores a digitarem o número 28, mesmo sem estar na disputa, durante um debate e em uma live com Boulos antes da votação.
A ausência de Marçal no segundo turno, entretanto, não impediu que eleitores optassem por seu número na urna, anulando seus votos.
Outros números frequentes
Os dados do TRE-SP mostram que, além dos números de partidos e candidatos fora da disputa, alguns eleitores escolheram sequências como 00 e 99, que tradicionalmente representam uma escolha de nulidade.