Novo fenômeno

Frei Gilson: menções ao religioso crescem 1000% em grupos do Telegram e do WhatsApp

Na sexta-feira (7), antes da live, frei Gilson era mencionado, em média, cinco vezes a cada 100 mil mensagens analisadas

Frei Gilson. Reprodução: Redes Sociais.
Frei Gilson. Reprodução: Redes Sociais.

Após a transmissão ao vivo realizada na madrugada de 5 de março, que mobilizou aproximadamente 1 milhão de fiéis, o nome do frei Gilson ganhou ainda mais projeção nas redes sociais e aplicativos de mensagens.

Dados da empresa de monitoramento Palver, encomendados pela colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, apontam que as citações ao religioso cresceram impressionantes 1000% em grupos públicos de WhatsApp e Telegram.

Na sexta-feira (7), antes da live, frei Gilson era mencionado, em média, cinco vezes a cada 100 mil mensagens analisadas. Na segunda-feira (10), esse número saltou para 55 menções na mesma proporção.

A recente onda de atenção ao frei Gilson não ocorreu sem controvérsias.

Seu nome passou a figurar no centro de disputas ideológicas após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compartilhar, no domingo (9), uma foto do religioso em seu perfil no X (antigo Twitter).

Na publicação, Bolsonaro descreveu o frei como um fenômeno em oração, e alegou que ele seria alvo de ataques da esquerda por atrair milhões com a palavra do Criador.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), conhecido por sua base evangélica, também manifestou apoio a frei Gilson, e compartilhou um vídeo em solidariedade ao sacerdote.

A crescente visibilidade do religioso, no entanto, também gerou críticas.

Seus posicionamentos contrários ao aborto e a defesa da submissão da mulher ao homem têm sido alvo de contestação, especialmente entre setores progressistas.

Além disso, frei Gilson apareceu como destinatário de mensagens do padre José Eduardo de Oliveira e Silva, de Osasco (PF), que foi mencionado em investigações da Polícia Federal (PF) sobre um plano de golpe de Estado. Embora não tenha sido denunciado ou indiciado, sua associação com figuras investigadas fez com que críticas a ele ganhassem ainda mais força.

O discurso de que as críticas ao frei seriam motivadas por um suposto sentimento anticristão da esquerda tem sido amplamente compartilhado nos grupos analisados.

Frei Gilson foi atacado por defender a família, por defender a palavra de Deus e os ensinamentos de Cristo. Não podemos permitir que a esquerda promova esse tipo de linchamento, dizia uma das mensagens monitoradas.

Outro texto destacava que a esquerda atacou o trabalho de frei Gilson e conseguiu unir católicos, evangélicos e personalidades públicas, impulsiona o trabalho para milhões de pessoas, inclusive quem não o conhecia.

As informações são de Folha de S.Paulo e Metrópoles.

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