Reação reservada

Haddad guarda comentários para ata do Copom, mas diz que não se surpreendeu com a alta da Selic

Em relação ao corte na taxa de juros nos Estados Unidos, divulgado no mesmo dia, Haddad afirmou que “veio um pouco atrasado, mas veio”

Déficit recorde de R$ 230,5 bi em 2023: Haddad aponta calote de Bolsonaro nas contas públicas - Pedro Gontijo/Senado Federal
Déficit recorde de R$ 230,5 bi em 2023: Haddad aponta calote de Bolsonaro nas contas públicas - Pedro Gontijo/Senado Federal

Nesta quarta-feira, 18 de setembro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), abordou a recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BCB), que decidiu aumentar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano.

Durante entrevista coletiva, Haddad declarou que não ficou surpreso com a medida.

Expectativas sobre a redução dos juros nos EUA

Em relação ao corte na taxa de juros nos Estados Unidos, divulgado no mesmo dia, Haddad afirmou que “veio um pouco atrasado, mas veio”.

Ele expressou otimismo sobre uma trajetória mais duradoura de redução da taxa dos FED Funds, o que pode beneficiar a economia brasileira.

O ministro indicou que a expectativa era de que a trajetória de queda nos juros norte-americanos começasse em junho.

Em que medida os cortes lá nos aliviam aqui?

Haddad ressaltou que a redução da taxa de juros nos Estados Unidos traz um alívio significativo para o cenário econômico doméstico.

“Eu penso que agora deve entrar numa trajetória de cortes e eu penso que isso vai ser duradouro”, comentou.

Ele acredita que, até 2025 ou 2026, não vai haver surpresas negativas nesse contexto, o que seria benéfico tanto para o Brasil quanto para a economia global.

Haddad prefere esperar a ata do COPOM

O ministro preferiu não comentar a decisão unânime do Copom até a divulgação da ata, que ocorre na próxima terça-feira (24).

“Eu não me surpreendi, mas eu só vou comentar a decisão depois da leitura da ata, semana que vem, como de hábito”, afirmou Haddad.

Ele destacou a importância de fazer uma avaliação interna antes de se pronunciar sobre as expectativas futuras.

Como o COPOM brevemente justificou a alta da Selic?

De acordo com o comunicado do Copom, a elevação da taxa Selic foi motivada por um “cenário marcado por resiliência na atividade, pressões no mercado de trabalho, hiato do produto positivo, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas”.

Essas condições demandam uma política monetária mais contracionista, segundo o órgão.

E o que decidiu e alegou o Federal Reserve (FED)?

Enquanto isso, o Federal Reserve (FED) dos Estados Unidos anunciou uma redução de 0,50 ponto percentual em sua taxa de juros.

O FED justificou sua decisão afirmando que seus dirigentes estão “mais confiantes de que a inflação se move sustentavelmente em direção a 2% e julgam que os riscos de atingir seus objetivos para emprego e inflação estão aproximadamente equilibrados”.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Sair da versão mobile