O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou ao novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que seu governo vai trabalhar para destravar a exploração de poço de petróleo localizado na Bacia da Foz do Rio Amazonas, na Margem Equatorial.
As informações são do Valor. O presidente falou durante o breve encontro que os dois tiveram nesta segunda-feira (3), no Palácio do Planalto, antes da abertura do ano legislativo.
Segundo fontes ao jornal, Lula teria admitido que a exploração do petróleo na região “precisa” ser feita quanto antes.
Além disso, a matéria aponta que essa questão é um “tema caro” a Alcolumbre porque tende a beneficiar principalmente o Amapá, Estado que é berço político do presidente do Senado e fica próximo à região da Margem Equatorial.
Tema vai avançar ainda na gestão Lula?
No início de 2025, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), também declarou publicamente que espera que o assunto avance neste ano de 2025.
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“Tenho confiança de que a exploração da Margem Equatorial saia este ano. Petrobras sanou todas as dúvidas do Ibama. Isso não é uma questão ideológica, é uma questão mercadológica”, disse Silveira.
O tema está travado desde o ano passado. Técnicos do Ibama assinaram um parecer no qual recomendaram manter a negativa à emissão de uma licença ambiental para a Petrobras perfurar o poço. A decisão do Ibama irritou Alcolumbre e outros parlamentares da Região Norte.
Dessa forma, o assunto tem colocado Ibama e Ministério do Meio Ambiente em lado oposto ao do Ministério de Minas e Energia e da Petrobras. O motivo é que o parecer dos técnicos do Ibama foi referendado pelo presidente do órgão, Rodrigo Agostinho, e pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que se posicionou contra a exploração de petróleo naquela área. Desde então, Lula tem tentado se equilibrar entre o discurso pró-meio ambiente e a visão desenvolvimentista do seu governo.
No entanto, questionado recentemente sobre a possibilidade de o Ibama apresentar novos entraves à exploração do produto, Alexandre Silveira minimizou essa chance. “Eu espero que os entraves apresentados estejam em acordo com a legislação”
