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Lula e PT agem pelas costas de Lira? Governabilidade vira desafio na sucessão da Câmara dos Deputados

A eleição para suceder Arthur Lira (PP-AL) está programada oficialmente para fevereiro de 2025, mas as articulações já se intensificam

Lula e PT agem pelas costas de Lira? Governabilidade vira desafio na sucessão da Câmara dos Deputados

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados têm demonstrado uma postura de cautela em relação ao apoio a candidatos para a presidência da Casa.

Embora ainda não tenham se comprometido publicamente com nenhum nome, o acompanhamento da disputa tem sido feito com interesse significativo.

A eleição para suceder Arthur Lira (PP-AL) está programada oficialmente para fevereiro de 2025, mas as articulações já se intensificam, informa o site Metrópoles.

Hugo Mota: O candidato de Lira

Hugo Mota (Republicanos-PB), candidato oficialmente apoiado por Lira, passou a ser visto como um parlamentar de maior capacidade de construir um consenso mais amplo entre as diversas bancadas da Câmara dos Deputados.

Outros candidatos que também estão na corrida incluem Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Antonio Brito (PSB-BA), ambos que formaram uma aliança após não receberem apoio do presidente da Câmara dos Deputados.

Cautela do Palácio do Planalto

O Palácio do Planalto enfatiza a necessidade de cautela em relação ao apoio do Poder Executivo. Lula tem reafirmado que não vai se envolver diretamente no pleito, embora articulações e reuniões continuem a ocorrer nos bastidores.

Jantares e discussões estratégicas

Recentemente, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Odair Cunha (MG), revelou que o partido considera a possibilidade de apoiar a candidatura de Hugo Mota, mas deixou claro que a questão ainda não foi decidida.

E nessa tese de permanência, nós temos uma candidatura que significa a convergência dessas forças políticas, o Hugo Mota”, explicou Cunha.

Primeiro jantar com candidatos

A executiva da bancada do PT iniciou uma série de reuniões com os candidatos à presidência da Câmara dos Deputados.

Hugo Mota foi o primeiro a participar de um jantar na residência do deputado Rubens Pereira Jr. (PT-MA), na quarta-feira (16), ao lado de outros quinze deputados da sigla.

Durante o encontro, além de prometer governabilidade, Mota garantiu respeitar a proporcionalidade nas decisões referentes à Mesa Diretora.

O PT, com 68 deputados, desponta como a segunda maior bancada na Câmara dos Deputados, atrás apenas do PL, que possui noventa e três representantes.

Lula reitera não querer interferir

Na quinta-feira (17), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou sua posição de não interferir na escolha do próximo presidente da Câmara dos Deputados.

Tenho como prática política não me meter na escolha do presidente da Câmara, coisa do Congresso Nacional. Como eu respeito a autonomia de cada poder, meu presidente vai ser aquele que for eleito”, declarou Lula, em entrevista na Bahia.

A relação entre poderes

O presidente ainda enfatizou que não deseja “escolher” o líder dos deputados.

Quero manter uma relação civilizada e institucional com quem ganhar as eleições nas duas Casas. Não quero dizer que não gosto do presidente”, afirmou.

Elmar Nascimento: reuniões com o governo

Embora inicialmente visto como distante do Palácio do Planalto, Elmar Nascimento tem intensificado suas atividades de articulação com membros do governo nos últimos meses.

Durante a semana, ele se reuniu com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad; do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira; e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Todos são filiados ao PT.

As negociações para angariar votos nas eleições da Câmara incluem promessas de cargos na Mesa Diretora, lealdade e diálogo com o Planalto.

No caso do Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, as promessas envolvem compromisso com pautas conservadoras.

No entanto, a definição dos cargos de vice-presidência e das quatro vice-secretarias somente vai ser feita horas antes da votação, uma vez que a ocupação dessas vagas depende do cálculo do coeficiente do bloco que apoia o candidato.

As informações são do site Metrópoles.

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