O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou para sua equipe de articulação internacional que o Brasil deve adotar uma posição contrária ao ingresso da Venezuela no Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
As informações são do blog da jornalista Daniela Lima, do g1 e da GloboNews.
A decisão reflete a crescente tensão nas relações entre o governo brasileiro e o regime de Nicolás Maduro.
Após sofrer uma queda em sua residência oficial em Brasília, Lula não vai poder participar pessoalmente da próxima reunião do Brics, que ocorre em Moscou.
Entretanto, o presidente orientou sua equipe, liderada pelo chanceler Mauro Vieira, a seguir suas diretrizes em relação à questão venezuelana.
A posição do Brasil se fundamenta em uma série de descumprimentos por parte do governo venezuelano.
Na liderança de Nicolás Maduro, a Venezuela não respeitou acordos internacionais que o próprio autocrata havia assinado, nos quais se comprometeu a realizar eleições limpas e auditáveis.
O Brasil atuou como fiador desse pacto ao lado de outras nações, e desde que Lula se recusou a reconhecer a autoproclamada vitória de Maduro, tanto ele quanto sua chancelaria passaram a ser alvos de ataques por parte do ditador venezuelano.
Atualmente, não se pode determinar quantos votos Maduro realmente obteve nas últimas eleições, além de não se saber onde esses votos foram contabilizados ou qual foi o total de apoio que cada candidato — Maduro e seu opositor González — recebeu.
A falta de transparência foi evidenciada pela decisão da Suprema Corte venezuelana, que decretou sigilo sobre as atas eleitorais, nunca divulgadas. A corte proclamou um resultado e tratou sua decisão como inapelável.
Atualmente, González, o opositor de Maduro, encontra-se refugiado na Espanha, uma situação que destaca ainda mais as tensões políticas na Venezuela. A eventual decisão do Brasil de vetar a entrada da Venezuela no Brics não apenas acentua a separação entre o governo Lula e o legado chavista, mas também representa uma nova fase nas relações internacionais do Brasil.
As informações são do blog da jornalista Daniela Lima, do g1 e da GloboNews.