Conflito no Oriente Médio

Netanyahu demite ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, em meio a conflito em Gaza

Primeiro-ministro de Israel anuncia saída de Gallant, citando crise de confiança; Israel Katz assume o Ministério da Defesa

Netanyahu demite ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, em meio a conflito em Gaza

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, decidiu nesta terça-feira (5) demitir o ministro da Defesa, Yoav Gallant, citando “lacunas significativas” na confiança e na gestão da guerra.  

A demissão, que entrará em vigor em 48 horas, ocorre em um momento em que Israel, que se encontra em conflito com grupos como Hamas, Hezbollah e Irã. 

Crise de confiança entre líderes de Israel 

Em comunicado oficial, Netanyahu destacou a necessidade de “total confiança” entre o primeiro-ministro e o ministro da Defesa durante tempos de guerra.  

Ele expressou que, embora a colaboração inicial fosse produtiva, a relação deteriorou-se nos últimos meses.

“Houve muitas lacunas entre mim e Gallant sobre a gestão das guerras de Israel”, afirmou Netanyahu, enfatizando que a confiança perdida impediu uma “gestão normal da guerra”. 

“Infelizmente, embora nos primeiros meses da campanha houvesse essa confiança e um trabalho muito produtivo, nos últimos meses essa confiança se quebrou entre mim e o ministro da Defesa”, completou.  

Resposta de Gallant  

Em resposta à sua demissão, Gallant recorreu às redes sociais, reafirmando que a segurança do Estado de Israel sempre foi e continuará sendo sua prioridade. 

“A segurança do Estado de Israel foi e sempre será a missão da minha vida”, declarou no X, antigo Twitter. 

Substituição em Israel  

Com a saída de Gallant, Israel Katz, atual chanceler, foi nomeado como seu sucessor no Ministério da Defesa. Além disso, Gideon Saar assumirá o cargo de ministro das Relações Exteriores.  

Desentendimentos sobre a Guerra em Gaza 

As tensões entre Netanyahu e Gallant intensificaram-se em meio ao prolongamento do conflito em Gaza.  

Após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, onde cerca de 1,2 mil israelenses foram mortos e 250 sequestrados, o governo de Israel inicialmente apresentou uma resposta unificada.  

Segundo as Forças Armadas de Israel, 782 soldados perderam a vida durante a guerra e os ataques do Hamas. No lado palestino, o Ministério da Saúde relatou que cerca de 42 mil pessoas foram mortas devido às operações militares israelenses. 

A relação conturbada não é nova; em março de 2023, Netanyahu já havia tentado demitir Gallant, o que resultou em protestos nas ruas contra sua administração.  

Cessar-fogo

Os Estados Unidos da América (EUA) elaboraram um rascunho de um plano para pôr fim ao conflito entre Israel e o Hezbollah, com a proposta de um cessar-fogo por sessenta dias.

No entanto, essa proposta permite que Israel mantenha suas operações aéreas sobre o Líbano, e utilize seus aviões de guerra, de acordo com o site Sputnik Brasil.

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