A Polícia Federal conseguiu recuperar arquivos deletados dos dispositivos eletrônicos de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), trazendo novas provas sobre o plano golpista de 8 de janeiro de 2023.
As informações foram divulgadas pelo site G1, que obteve acesso a fontes ligadas à investigação.
Os conteúdos recuperados incluem mensagens e outros dados que estavam armazenados em diversos dispositivos, como computadores e celulares, utilizados por Mauro Cid.
Com a ajuda de tecnologia avançada, um equipamento israelense especializado na recuperação de dados, a PF conseguiu acessar informações que estavam apagadas, revelando novas frentes de apuração que indicam o envolvimento de outras autoridades monitoradas.
Provas adicionais e colaboração de Mauro Cid
Após a recuperação dos dados, Mauro Cid foi chamado para prestar um novo depoimento. Agora, ele atua como delator em ao menos três investigações que comprometem o ex-presidente Bolsonaro.
Entre os casos, destacam-se a entrada ilegal de joias sauditas no Brasil, o suposto planejamento de um golpe de Estado e a fraude em cartões de vacina contra a Covid-19.
Como delator, Cid tem a obrigação de colaborar integralmente com a Justiça, fornecendo informações e esclarecimentos sempre que solicitado pelos investigadores.
Alexandre Ramagem e depoimentos sobre o caso
Ainda nesta terça-feira, o deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem (PL-RJ), prestará depoimento à PF sobre o envolvimento no caso.
Ramagem é um dos personagens centrais na trama investigada, e seu depoimento deve contribuir para esclarecer o papel de autoridades no planejamento e na execução das ações golpistas.
A recuperação dos arquivos foi possível graças à aquisição pela PF de um dispositivo israelense especializado em buscas avançadas em aparelhos eletrônicos.