Política

PL aceita comissão especial para projeto de anistia

Líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, afirmou que o partido aceita a criação de uma comissão especial caso o regime de urgência não seja aprovado

Câmara dos Deputados
Crédito: Agência Brasil

O Partido Liberal (PL) mudou de postura em relação à tramitação do projeto que prevê anistia aos condenados pelas invasões de 8 de janeiro de 2023.

O líder da legenda na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), afirmou nesta quinta-feira (20) que aceita a criação de uma comissão especial para debater o tema, caso o regime de urgência não seja aprovado.

A decisão marca um recuo em relação ao tom adotado pelo parlamentar no último domingo (16), quando prometeu protocolar um requerimento de urgência para que o projeto fosse votado diretamente no plenário.

Agora, o partido admite um caminho alternativo para a tramitação da proposta.

Mudança de estratégia para anistia

Em reunião com líderes da Câmara, Sóstenes Cavalcante afirmou que não pretende pressionar o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), e que respeitará sua decisão sobre o andamento do projeto.

“Nós preferimos a urgência, pedimos a urgência. Mas, se ele achar que não dá para nos atender na urgência e instalar a comissão especial imediatamente, está resolvido nosso problema”, declarou o deputado.

O líder do PL também garantiu que não tentará aproveitar a ausência de Motta na próxima semana — quando o deputado estará no Japão acompanhando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — para forçar a votação do requerimento de urgência.

Durante esse período, o comando da Câmara ficará a cargo de Altineu Côrtes (PL-RJ), primeiro vice-presidente da Casa.

“Não vamos usar a ausência do Hugo para pressionar o Altineu a pautar. Já tranquilizei todo mundo. Mas deixei claro que, na volta, será nossa prioridade. Se o Hugo não tiver tomado uma decisão, entro em obstrução”, afirmou Sóstenes.

Decisão adiada

Segundo Cavalcante, Hugo Motta precisou deixar a reunião de líderes antes de dar uma resposta definitiva sobre a anistia. No entanto, ficou acertado que os dois terão uma conversa ainda nesta quinta-feira para discutir o futuro da proposta.

Com informações de Igor Gadelha – Metrópoles.

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