Vão abandonar o barco?

PP pode liderar saída do Centrão da base do governo Lula

A decisão pode resultar na devolução do Ministério dos Esportes, comandado por André Fufuca (MA)

Eleição 2022
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O Progressistas (PP), presidido pelo senador Ciro Nogueira (PI), estuda abandonar a base aliada do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão pode resultar na devolução do Ministério dos Esportes, comandado por André Fufuca (MA), único representante da legenda na Esplanada dos Ministérios.

A permanência de Fufuca no governo tem sido sustentada apenas por sua relação próxima com Ciro Nogueira, que o considera um “filho político”. No entanto, essa posição tem se tornado cada vez mais isolada dentro do partido.

O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (AL), outra figura de peso na legenda, não se oporia mais à ideia de romper com o governo, de acordo com o blog da colunista Vera Magalhães, do jornal O Globo.

Caso o PP oficialize a decisão de sair da base, Nogueira pretende pressionar o União Brasil para seguir o mesmo caminho.

A saída conjunta das duas legendas poderia provocar um efeito cascata, com partidos como Republicanos e PSD que poderiam abandonar o apoio ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A justificativa para essa movimentação seria a percepção de que o presidente promove uma “guinada à esquerda” após a reforma ministerial, especialmente com a nomeação de Gleisi Hoffmann para a articulação política, na Secretaria de Relações Institucionais, e a possibilidade de Guilherme Boulos (PSOL) assumir um cargo no Palácio do Planalto, como a Secretaria-Geral da Presidência da República.

A debandada dos partidos do Centrão representaria um revés significativo para o governo Lula, que enfrenta dificuldades em consolidar uma base parlamentar ampla.

O movimento poderia obrigar o presidente a acelerar uma nova etapa da reforma ministerial para acomodar as demandas dos partidos insatisfeitos.

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