
Com a nomeação de Gleisi Hoffmann para o Ministério da Secretaria de Relações Institucionais, o Partido dos Trabalhadores (PT) se prepara para eleger um novo presidente interino.
A escolha acontecerá logo após o Carnaval, com um nome a ser definido pelo diretório nacional da sigla.
Eleição interna e disputa pelo comando do PT
De acordo com Washington Quaquá, vice-presidente do PT, a definição do novo presidente interino deve ocorrer até a segunda semana de março.
O dirigente garantiu que não haverá divisões internas e que a escolha deve se dar dentro da corrente majoritária do partido, Construindo um Novo Brasil.
Entre os nomes cotados para assumir o “mandato tampão” estão o líder do governo na Câmara, José Guimarães, a tesoureira do partido, Gleide Andrade, e o deputado federal Gilmar Tatto.
Nos bastidores, Guimarães desponta como favorito, mas ainda não confirmou interesse na posição, pois também é cotado para disputar o comando definitivo do PT contra Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara.
A escolha do novo presidente interino ocorrerá por votação entre os 105 integrantes ativos do diretório nacional do PT, incluindo nomes de peso como Benedita da Silva, Humberto Costa e Lindbergh Farias.
Saída de Gleisi e reação do Centrão
A nomeação de Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais foi oficializada pelo presidente Lula, mas gerou insatisfação no Centrão.
O grupo, que compõe parte da base do governo no Congresso, preferia um nome mais alinhado à negociação política, como Isnaldo Bulhões (MDB) ou Silvio Costa Filho (Republicanos).
Lideranças do Centrão avaliam que Gleisi é menos flexível nas articulações e que sua nomeação indica um fortalecimento do PT dentro do governo. Mesmo assim, a legenda confia que a nova ministra terá habilidade para consolidar a base aliada.
Com informações de Metrópoles.