![Prefeito de São Paulo marca 24% das intenções de voto na corrida eleitoral, segundo a pesquisa Quaest Prefeito de São Paulo marca 24% das intenções de voto na corrida eleitoral, segundo a pesquisa Quaest](https://uploads.spacemoney.com.br/2024/09/52144608650_35fac6905f_b.jpg)
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), minimizou a crise da Cracolândia, afirmando que a situação está “muito mais controlada” e comparando o cenário da capital paulista a outras cidades brasileiras.
“As pessoas falam de ‘Cracolândia’, que é um negocinho deste tamanhozinho, que sai no Brasil inteiro. Tem outras cidades com esses locais com muito mais gente do que em São Paulo”, disse o prefeito em entrevista ao programa É Notícia, da RedeTV!.
A declaração ocorre em meio a críticas sobre a gestão da região e após a prefeitura instalar um muro de concreto no centro da cidade, substituindo os antigos tapumes metálicos que cercavam o local.
Prefeito nega “confinamento”
A instalação do muro gerou debate entre especialistas, ativistas e a sociedade civil, que questionam se a estrutura pode contribuir para a segregação de usuários de drogas e pessoas em situação de rua.
O prefeito Nunes, no entanto, rebateu as críticas e alegou que a troca do material visou apenas garantir segurança.
“Aquele muro está ali há muitos anos. Ele era um tapume de ferro. Ferro é pontiagudo e machucava as pessoas. Em maio de 2024, ou seja, quase um ano atrás, tirou o de ferro e colocou o de bloco. Não tem nada de confinamento”, afirmou.
A prefeitura sustenta que a medida faz parte de um esforço para reurbanizar a região e ampliar o controle sobre o fluxo de dependentes químicos, que há anos se desloca por diferentes áreas do centro da cidade.
Cracolândia continua sendo um desafio
Apesar das declarações do prefeito, a Cracolândia segue como um dos principais desafios da administração municipal.
A dispersão do fluxo de usuários para outros pontos da cidade tem sido apontada como um efeito colateral das operações de segurança. Além das políticas de repressão adotadas nos últimos anos.
A prefeitura defende que tem ampliado ações de acolhimento e tratamento para dependentes químicos. No entanto, especialistas e organizações sociais argumentam que a estratégia atual não resolve o problema estrutural, apenas desloca os usuários para outro ponto da cidade.
A crise na Cracolândia continua sendo um tema sensível para a população e um dos maiores desafios de qualquer gestão municipal. Além disso, o tema exige medidas eficazes e de longo prazo para lidar com a dependência química e a situação de rua.