Saúde

Doença misteriosa no Congo: Testes iniciais indicam malária

A maioria das vítimas sendo menores de 14 anos

Organização Mundial da Saúde (OMS)
Organização Mundial da Saúde (OMS)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou os resultados iniciais dos testes relacionados à “doença misteriosa” detectada no sudoeste da República Democrática do Congo.

Segundo a organização, 80% das 12 amostras analisadas deram resultado positivo para malária.

“Das 12 amostras iniciais analisadas, 10 deram resultado positivo para a malária, ainda que seja possível que outras doenças também estejam envolvidas”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Ele destacou que novas amostras serão coletadas para determinar a causa ou as causas exatas da enfermidade.

Entre 24 de outubro e 5 de dezembro, 406 casos foram confirmados na região de Panzi, província de Kwango, com 31 óbitos registrados no mesmo período. A maioria dos afetados são menores de 14 anos, de acordo com a OMS.

Nos últimos dias, equipes de especialistas foram enviadas à área afetada para investigar a situação.

No entanto, o diretor-geral da OMS ressaltou as dificuldades encontradas: “A área afetada é remota, as telecomunicações são muito limitadas e o acesso foi dificultado pela estação das chuvas, fazendo com que o grupo de ajuda levasse vários dias para chegar a Panzi”.

Além disso, a região do Congo enfrenta altos índices de desnutrição e baixa cobertura vacinal, fatores que deixam as crianças vulneráveis a outras doenças como pneumonia, sarampo e, especialmente, a malária.

Adhanom destacou a necessidade urgente de intensificar os esforços de resposta e de suporte humanitário.

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